O deputado federal Gustavo Gayer (PL) entrou na mira do debate internacional ao usar suas redes sociais para exigir que autoridades norte-americanas investiguem o ator e diretor baiano Wagner Moura. A manifestação ocorreu após Moura publicar uma série de comentários nas redes sociais em que criticava a resposta dos Estados Unidos ao ataque ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021, cometido por apoiadores do ex-presidente Donald Trump.
Em postagem feita no X — antigo Twitter —, Gayer se dirigiu diretamente ao secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, e ao vice-secretário Christopher Landau. “Esse cara (Wagner Moura) está morando nos EUA e continua apoiando Moraes, atacando Trump e dizendo que os EUA agora é uma ditadura. Acho que vale a pena dar uma olhadinha nesse extremista”, escreveu o parlamentar.
A mensagem gerou repercussão imediata entre ativistas, artistas e especialistas em liberdade de expressão, que classificaram o pedido como uma tentativa de criminalização de vozes dissidentes. Segundo apurado pelo Brazilian Press, não há indícios de que qualquer órgão de segurança dos EUA tenha dado prosseguimento à sugestão de Gayer, mas a publicação reacendeu discussões sobre a ingerência de políticos brasileiros em questões internas de outros países. Wagner Moura, conhecido internacionalmente por seu papel em Narcos, vive atualmente em Los Angeles e tem sido frequente nas redes com análises políticas tanto sobre o Brasil quanto sobre o cenário global. Nas últimas semanas, intensificou suas críticas ao movimento negacionista liderado por Trump, comparando certos discursos antidemocráticos aos observados durante o governo Bolsonaro.
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