Após meses de tentativas do governo brasileiro para negociar a tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos aos produtos brasileiros, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente norte-americano, Donald Trump, conversaram na segunda-feira (6) por telefone, em “tom amistoso”, para tratar das imposições, segundo o Palácio do Planalto.
Em nota divulgada após a conversa, o Palácio do Planalto reforçou que os líderes mundiais tiveram uma “boa química em New York” e ambos “reiteraram a impressão positiva daquele encontro”.
Em uma conversa de 30 minutos, Lula e Trump concordaram em se encontrar pessoalmente “em breve”. Eles já haviam se reunido por alguns instantes na 80ª Assembleia Geral das Nações Unidas, que ocorreu em New York, no dia 23 de setembro.
Hoje, o chefe do Executivo brasileiro sugeriu que a reunião com Trump seja realizado na Cúpula da Asean, na Malásia. O mandatário também reiterou convite ao americano para participar da COP30, que acontece em Belém, no Pará, entre os dias 10 e 21 de novembro, e se dispôs a viajar aos Estados Unidos.
Nesta primeira conversa oficial dos líderes para tratar das tarifas, Lula pediu a retirada da sobretaxa de 40% aos produtos brasileiros, bem como das medidas restritivas a autoridades brasileiras.
No dia 6 de agosto, os EUA aplicaram tarifa de 50% a alguns produtos brasileiros e justificaram que uma das razões era o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no STF.
Além disso, o governo norte-americano também impôs sanções individuais e aos familiares dos ministros da Corte, como a suspensão de vistos americanos e a imposição da Lei Magnistky, que permite sanções econômicas a acusados de corrupção ou graves violações de direitos humanos.
Ainda segundo o Planalto, Trump designou o secretário de Estado Marco Rubio para dar sequência às negociações com o vice-presidente Geraldo Alckmin, o chanceler Mauro Vieira e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
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