A controvérsia envolvendo a Secretária de Imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, e a mãe brasileira de seu sobrinho, Bruna Caroline Ferreira, escalou para um drama familiar com implicações políticas explosivas. O caso, que começou com a detenção de Ferreira por agentes de imigração, agora joga luz sobre as duras políticas de deportação do governo e o profundo cisma pessoal dentro de uma família ligada à alta cúpula do poder em Washington.
Bruna Ferreira, que vive nos EUA desde os seis anos e é mãe do filho do irmão de Karoline Leavitt (e até madrinha da criança), foi detida em novembro enquanto buscava o filho de 11 anos na escola. Em entrevista emocionada à CNN, a brasileira fez um apelo direto à Secretária de Imprensa, criticando o silêncio de Leavitt e a narrativa oficial que a descrevia como uma “estrangeira criminosa ilegal”. “Você é mãe agora,” disse Ferreira. “Como você se sentiria se fizessem isso com você?”
Assista a entrevista:
O Departamento de Segurança Interna (DHS) alegou que Ferreira havia ultrapassado o prazo de seu visto de turista em 1999 e que possuía um histórico criminal. No entanto, o advogado da brasileira desmentiu veementemente a acusação, classificando-a como um “falso assassinato de caráter” contra uma empresária e mãe solteira. A própria Casa Branca tentou publicamente se distanciar, emitindo uma nota alegando que Ferreira e Leavitt não falavam há anos e que a criança morava em tempo integral com o pai, minimizando os laços familiares.
A tentativa de desqualificar a brasileira foi rebatida com força. Bruna Ferreira chamou as declarações da Casa Branca de “nojentas” e falsas, citando que ela e o filho frequentavam eventos da família Leavitt, incluindo o casamento de Karoline. Segundo apurado pelo Brazilian Press, a disputa não é apenas legal, mas também expõe um conflito de valores dentro do círculo íntimo da Secretária de Imprensa, evidenciando como a retórica anti-imigração do governo afeta até mesmo aqueles com laços de parentesco direto com o poder.
Após semanas sendo transferida por instalações de detenção em vários estados, Ferreira foi libertada sob fiança por ordem de um juiz. O custo do drama, contudo, é alto: além do trauma pessoal, o caso se tornou um embaraço público, servindo como um poderoso contraste entre as políticas rígidas do governo e a realidade humana da imigração, agora estampado na capa dos jornais e nos noticiários televisivos.
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