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Homossexualidade masculina pode estar ligada à genética, sugere estudo

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Um grande estudo de irmãos gays sugere que os genes podem influenciar as chances de um homem ser homossexual, mas os resultados ainda não são fortes o suficiente para provar a teoria.

Alguns cientistas acreditam que vários genes podem estar ligados à orientação sexual. Pesquisadores que lideraram um novo estudo que avaliou quase 800 irmãos gays dizem que os resultados corroboram evidências anteriores que apontavam para os genes do cromossomo X.

Eles também descobriram evidências da influência de um ou mais genes de outro cromossomo: o cromossomo 8. Mas o estudo não identifica qual das centenas de genes localizados em cada uma dessas duas regiões podem estar envolvidos. Estudos menores buscando fatores genéticos ligados à homossexualidade trazem resultados inconclusivos. A nova pesquisa “não é prova, mas é uma boa indicação” de que genes dos dois cromossomos têm alguma influência sobre a orientação sexual, diz o médico Alan Sanders, principal autor da pesquisa. Ele estuda genética comportamental na Universidade NorthShore, no Estado de Illinois, nos Estados Unidos.

Dados estatisticamente fracos

Especialistas que não estavam envolvidos no estudo foram mais céticos. Neil Risch, especialista em genética da Universidade da Califórnia, em São Francisco, disse que as informações são muito fracas do ponto de vista estatístico para demonstrar qualquer conexão genética. Risch esteve envolvido em um estudo menor que não encontrou ligações entre homossexualidade masculina e o cromossomo X.

O médico Robert Green, especialista em genética de Harvard, afirmou que o novo estudo é “intrigante, mas de forma alguma conclusivo”. O trabalho foi publicado na segunda feira (17) na revista científica “Psychological Medicine” e foi financiado pelos Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos (NIH). Os pesquisadores dizem que encontraram ligações com a homossexualidade masculina em uma porção do cromossomo X e no cromossomo 8 com base em análises de material genético presente em amostras de sangue e de saliva dos participantes.

O médico Chad Zawitz, participante do estudo, observa que o estudo é um “passo gigante” para responder a perguntas científicas sobre a homossexualidade e para ajudar a reduzir o estigma que os gays comumente enfrentam. Ser gay “é mais ou menos como ter uma certa cor de olho ou cor de pele – é apenas quem você é”, diz Zawiz. “A maioria dos heterossexuais que eu conheço não escolheram ser heterossexuais. É intrigante para mim por que as pessoas não entendem.”


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