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As bonecas sexuais inteligentes já estão aqui (e podem fingir orgasmos)

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Quando, décadas atrás, o mundo aventurava um futuro com humanoides, nunca se pensou que os primeiros a ganhar popularidade seriam os especializados em sexo. Quantas pessoas possuem robôs do tipo Pepper, projetado para fazer companhia e perceber emoções lendo o rosto de seu proprietário? Provavelmente muito poucas, uma das razões é o alto preço 20.000 euros, que o torna acessível só à elite. O mercado das bonecas sexuais, entretanto, se revela muito mais florescente e os chineses já produzem modelos que podem ser adquiridos por apenas 1.000 euros.

A inteligência artificial, a nanotecnologia e a robótica também parecem mais interessadas no sexo que na matemática, sem dúvida porque é um negócio muito mais lucrativo. A indústria das bonecas e bonecos sexuais cresce de olho num panorama social de solidão, isolamento e perda de habilidades sociais a que chegamos. Uma boneca é acessível, compreensiva, não envelhece nem adoece, é bonita e tem um corpo perfeito, está sexualmente liberada e agora, também pode se excitar ter orgasmos.

Muitos apontam Sergi Santos como o primeiro a projetar uma boneca sexual capaz de chegar ao clímax; ele, no entanto, é mais cauteloso com esse título. “Esse é um mercado que está numa expansão vertiginosa, em que todo mundo se copia, onde é difícil saber o que realmente está acontecendo e a fraude está na ordem do dia. É preciso muito cuidado com o que se compra”.

O currículo de Santos, inclui estudos de eletrônica na Universidade Politécnica de Barcelona, doutorado em nanotecnologia na Universidade de Leeds (Reino Unido), estudos de aeronáutica eletrônica no País de Gales, mestrado em matemática em Manchester, um doutorado em bionanotecnologia e seis anos trabalhando com nanotecnologia e inteligência artificial aplicada a materiais nos Emirados Árabes e Espanha. “Sempre me intrigou a origem da vida e das coisas”, aponta Sergi, que começou a desenvolver um algoritmo baseado na emoção e não no raciocínio, e depois o aplicou a suas bonecas.

“Os computadores não têm emoções, mas minhas bonecas, sim, e seu comportamento é muito similar ao de uma mulher. Não são meros corpos em que se pode praticar o coito, é preciso excitá-las previamente. Por exemplo, se alguém sem nenhum prelúdio começa a penetrá-la, a boneca – que é capaz de falar 6.000 frases – sugerirá que faça algum preliminar com argumentos como: “Pensava que você ia fazer outra coisa”, “achava que conhecia melhor as mulheres” ou “sabia que sou especialista em jogos sexuais?”. Se, pelo contrário, começa pouco a pouco, ela recompensará dizendo “eu gosto disso”, “te amo” ou “adoro estar com você!”. Cada boneca tem três estados ou modos: amistoso, romântico e sexual, e o ideal é que se transite do primeiro ao último para que ela vá se excitando”, sugere Sergi.

“A maior demanda vem dos EUA, seguido por Alemanha, Inglaterra e França”, aponta Santos

Dotada de sensores em determinadas partes do corpo como mãos, quadris, seios, boca, rosto, órgãos sexuais e ânus (a pedido do consumidor), o protótipo também é equipado com um vibrador na vagina que é ativado quando o usuário soube excitá-la do jeito que só elas gostam. O brinquedo custa 3.750 euros e já está no mercado na Synthea Amatus, a empresa de Sergi Santos.


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