Agentes do FBI fizeram uma busca na segunda-feira (9) no escritório de Michael Cohen, advogado pessoal do presidente americano, Donald Trump, informou o defensor de Cohen, Stephen Ryan.
O advogado Ryan declarou em um comunicado que a decisão de vasculhar o escritório de Cohen, “totalmente imprópria e desnecessária”, foi tomada pelo procurador especial Robert Mueller, que investiga os laços entre a Rússia e a campanha eleitoral de Trump.
Cohen foi advogado de Trump e seu confidente durante anos, e aconselha o atual presidente em negócios imobiliários e questões pessoais, segundo a France Presse.
Segundo documentos judiciais, Cohen pagou US$ 130 mil a ex-atriz pornô Stormy Daniels dias antes da eleição de Trump, em 2016, para que ela se calasse sobre a relação que manteve com o magnata há dez anos.
Na semana passada, Trump rompeu seu silêncio sobre o pagamento a Stormy Daniels, cujo nome real é Stephanie Clifford, e negou ter pago qualquer valor à ex-atriz em troca de seu silêncio.
Sobre o eventual pagamento feito por Cohen, o presidente declarou não saber.
Questionado por jornalistas, o presidente Donald Trump disse que a ação foi “vergonhosa”, e chamou a busca no escritório de Cohen de uma “invasão”, apesar do mandado. O presidente usou ainda o termo “caça às bruxas” e afirmou que a investigação é um “ataque ao país, de certa forma”.
Trump também criticou a equipe de Robert Mueller, a quem chamou de “o grupo mais tendencioso” que já viu e chegou a insinuar que cogita demitir o procurador especial. Ao ser perguntado sobre a possibilidade, o presidente respondeu que acha uma “vergonha” o que está acontecendo e acrescentou: “vamos ver o que acontece. Muitas pessoas disseram que eu deveria demiti-lo”, de acordo com a Reuters.
Segundo o jornal “Washington Post”, Cohen está sob investigação por possível fraude bancária e violação de financiamento de campanha.
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