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Na América do Sul, Brasil é o penúltimo em ranking de investimentos

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cristo redentorApesar de um importante indicador de investimentos, a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), ter sido um dos poucos sinais positivos no anúncio, semana passada, do Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre de 2013, registrando louvável crescimento de 4,6% (contra apenas 0,6% do PIB), o Brasil ocupa apenas a penúltima posição no ranking de investimentos da América do Sul (quando calculados em relação ao PIB do país). O dado é do Fundo Monetário Internacional (FMI) e, segundo especialistas, essa má colocação no ranking regional está levando empresas a dirigir seus investimentos a outros países mais atraentes.

Abaixo do Brasil nesse ranking, só o Paraguai, que sofre com um pequeno mercado doméstico e vive dos investimentos dos parceiros de Mercosul. No topo da tabela, ao lado do país do momento na região – o Peru – surpreendem Equador e Venezuela.

Alex Agostini, economista-chefe da Austin Rating, acredita que dois fatores pesam para o mau desempenho brasileiro. O tamanho do País – o PIB brasileiro é cinco vezes maior o que o argentino – e as dificuldades políticas para se aprovarem projetos prioritários.

Segundo ele, há um excesso de democracia no país, traduzido em burocracia política. “Para ser aprovado, cada projeto tramita por diversas comissões em ambas as casas, muitas vezes por mais de uma ocasião. Isso é uma perda de tempo monumental. Não se cria um plano de investimentos desde o governo de Juscelino Kubitschek. Isso acaba se refletindo no PIB”, reclama Agostini.

Analistas chamam a atenção de que, quando se observam no detalhe as cifras e percentagens do vigoroso aumento dos investimentos na FBCF, percebe-se que a grande compra de máquinas agrícolas e caminhões maquiaram o número geral, o que resultou na falsa impressão de que a indústria e, principalmente, os investimentos em infraestrutura, estariam decolando.

Para Reginal Nogueira, coordenador do núcleo de Relações Internacionais do Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais (Ibmec), o arcabouço jurídico do país impede o avanço da infraestrutura. Ele cita como exemplo o Chile, como uma referência na relação entre o governo e as instituições privadas. “Com segurança jurídica, eles conseguiram criar uma relação sadia entre as esferas pública e privada. No Brasil acontece o contrário. A expectativa é de piora nas relações entre empresas e governo”, avalia o economista.

A dificuldade do governo em cortar gastos também é visto por Nogueira como um forte empecilho. “O governo federal, ao não conseguir poupar, drena recursos que poderiam contribuir com 3% ou 4% do Produto Interno Bruto na conta de investimentos”, argumenta.


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