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Veja diferenças entre conceitos que definem classes sociais no Brasil

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Um novo critério para a definição das classes sociais no Brasil será adotado a partir de 2014 pela Associação Brasileira de Empresas e Pesquisas (Abep), que representa a atividade de pesquisa de mercado, opinião e mídia do país. O conceito está no livro “Estratificação Socioeconômica e Consumo no Brasil”, lançado no último dia 15, e foi elaborado pelos professores Wagner A. Kamakura (Rice University) e José Afonso Mazzon (FEA-USP).

O critério contrasta com o usado pelo Governo Federal, lançado em 2012 pela Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE). Um dos pontos é que estabelece sete estratos sociais, enquanto o da SAE aponta 8.

A faixa de renda familiar em cada um também varia. No da SAE, por exemplo, a renda familiar do grupo “extremamente pobre” (a base da pirâmide) é de até R$ 324, quanto o novo modelo determina uma base com renda média familiar de R$ 854 (que por ser média, pode variar um pouco para cima ou para baixo). O G1 conversou com Mazzon, que apontou as principais diferenças entre os critérios.

Renda corrente X renda permanente

De acordo com ele, a primeira grande distinção é o conceito de renda corrente, usado pela SAE e no antigo critério da Abep, e a permanente, usado no novo critério. “A renda permanente é a capacidade que uma família tem de manter o mesmo padrão de vida por determinado período de tempo, mesmo que mude a renda corrente”, explica. A renda corrente é aquela que a família tem garantida mensalmente, como salário, aluguel ou a pensão.

O professor explica, contudo, que mesmo que uma pessoa deixe o emprego, ela continua com o antigo padrão de vida por um determinado período de tempo, mesmo que a renda corrente seja zero – para isso ela pode usar, por exemplo, recursos de um dinheiro guardado na poupança, crédito etc. “Eu consigo viver mantendo o meu padrão [por um determinado período], mas a renda corrente caiu para zero, se essa pessoa fosse medida pelo outro critério, ela saiu da linha”, explica.


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