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Nível do Rio Tâmisa aumenta e inundações ameaçam Londres

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As inundações que afetam o sudoeste da Inglaterra chegaram às imediações de Londres com a cheia do rio Tâmisa, que atingiu centenas de casas. Quatorze alertas de inundações foram emitidos nos condados de Berkshire e Surrey, a oeste de Londres, onde fica o castelo de Windsor.

Várias regiões já estavam inundadas, enquanto o castelo da rainha Elizabeth II era poupado graças à sua localização no alto de uma colina. A Agência para o Meio Ambiente avaliou entre 800 e 900 o número de casas inundadas desde o final de semana passado. Milhares de outras estão ameaçadas.

A capital é protegida por uma barragem, mas a cidade de Croydon, na periferia sul de Londres, já começou a se mobilizar para proteger as casas e lojas bombeando a água e despejando nas passagens para pedestres subterrâneas.

Em Berkshire, os bombeiros socorreram 16 pessoas na segunda-feira, principalmente na aldeia inundada de Wraysbury, onde muitas pessoas estavam equipadas com botas de cano alto.

Na escola primária, a ajuda aos afetados começou a ser feita. Sylvia Davies, que organiza as doações de alimentos e de bebidas, queixava-se da falta de auxílio das autoridades.

— É desesperador, ninguém veio aqui para ajudar. Precisamos urgentemente de sacos de areia, mas eles demoram para chegar — lamenta ela à AFP, acrescentando que alguns furtos já aconteceram na área.

Várias partes do sudoeste da Inglaterra, principalmente Somerset, sofrem há mais de um mês com inundações excepcionais, em razão do maior nível pluviométrico em um mês de janeiro desde 1766.

Enquanto novas intempéries são previstas para os próximos dias, a polêmica em torno da resposta aos problemas causados pelas inundações aumenta, já que políticos e a Agência para o Meio Ambiente trocam acusações sobre a responsabilidade da situação.

O primeiro-ministro David Cameron, que anunciou a liberação de 130 milhões de libras (155 milhões de euros), pediu calma durante uma viagem a Dorset, onde ele acompanhou os esforços do Exército para construir diques destinados a conter as ondas.

— Eu estou interessado apenas em uma coisa: que tudo o que pode ser feito pelo governo seja feito e continue a ser feito para ajudar a população neste momento difícil — disse.

O presidente da Agência para o Meio Ambiente, Chris Smith, pressionado a renunciar, havia declarado na manhã da segunda à BBC que suas equipes sabem “cem vezes mais sobre gestão de riscos em matéria de inundações do que qualquer político”.

— A Agência do Meio Ambiente segue as regras fixadas pelo governo — lembrou ele, acrescentando que “o dinheiro é uma grande parte do problema”.

— Pedidos para que as dragagens fossem realizadas foram feitos há pelo menos seis meses por fazendeiros e outras pessoas de Somerset a Downing Street e a vários ministérios, mas os financiamentos foram recusados — acrescentou Smith.

Ele reagiu dessa forma às afirmações feitas no final de semana pelo secretário de Estado para as Coletividades Locais, Eric Pickles, que reconheceu que o governo havia “cometido erros” e pediu desculpas aos afetados.

Até o momento, as seguradoras devem fornecer por volta de 500 milhões de libras (600 milhões de euros) em restituições pelas consequências das chuvas que começaram durante o Natal, avaliou a consultoria Deloitte. Só na semana passada, 600 casas foram inundadas, indicou a AE.


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