Uma mulher japonesa diz ter encontrado fragmentos de dente em um hambúrguer do McDonald’s, acusação que aumenta a desconfiança crescente no Japão com esta rede de fast-food que reconheceu os fatos, embora tenha dito ignorar suas causas.
Em uma reportagem transmitida pela rede de televisão Asahi, uma mulher diz ter encontrado fragmentos que parecem ser de dente, real ou artificial, ou de uma obturação, em um hambúrguer comprado em setembro em um McDonald’s.
“Dei uma mordida e senti algo duro”, explicou esta japonesa de 50 ou 60 anos, pensando que se tratava de areia ou de uma pedra.
Cuspiu e encontrou fragmentos de cor marfim, que fotografou.
Depois de se queixar ao estabelecimento, ela entregou o objeto para análise, que constatou que eram pedaços de “material dentário”.
O McDonald’s indicou à cliente que “a probabilidade de que estes fragmentos tenham sido encontrados entre os ingredientes é extremamente baixa, já que o processo de produção está muito automatizado”.
O McDonald’s examinou os dentes dos funcionários do restaurante incriminado e não encontrou nenhum desdentado.
A filial japonesa do McDonald’s acumula escândalos há meses.
Há dois dias, uma cliente de Osaka (oeste do arquipélago) contou ter encontrado um dente humano no ano passado nas batatas fritas vendidas em um McDonald’s no Japão.
Um cliente de um McDonald’s da cidade de Misawa (norte) se queixou no sábado após encontrar um pedaço de plástico em um nugget proveniente de uma fábrica da Tailândia, e outro em Tóquio disse ter tido uma surpresa similar há pouco tempo.
A imprensa também informou sobre um pedaço de plástico em um creme gelado servido em um McDonalds’s de Koriyama (nordeste).
A filial do gigante americano acaba de enfrentar uma falta de batatas fritas no Japão por um movimento social em portos dos Estados Unidos e ainda não se recuperou totalmente de um grave escândalo de segurança alimentar registrado em julho.
O grupo precisou suspender a importação e a venda no arquipélago de todos os produtos à base de frango procedentes da China, onde a Husi Food Company, filial do grupo americano OSI Group situada em Xangai, utilizava carne estragada.
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