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Mal de Alzheimer não é doença de velhos, porém agora há novas esperanças com descoberta de cientistas japoneses

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chris graham alzheimer

A maioria de nós pensa no mal de Alzheimer como sendo uma doença de idosos, mas ela às vezes atinge pessoas muito mais jovens. O ex-militar Chris Graham sabe disso bem demais. Ele recebeu o diagnóstico de Alzheimer precoce em 2010, quando tinha apenas 34 anos.

Tragicamente, ele descobriu que tem o mesmo gene defeituoso que matou seu pai, uma tia, um primo e seu avô, todos na casa dos 40 anos. Essa forma congênita rara, dita “familiar”, da doença deixou seu irmão Tony, 43 anos, preso a uma cama, num lar de idosos, sendo alimentado por uma sonda. “O Alzheimer foi cruel com minha família”, diz Graham. “Meu pai morreu aos 42 anos. Ele passou tanto tempo no hospital que nem me lembro bem dele. Eu tinha só 6 ou 7 anos na época.”

“Tenho três irmãos, e todos tínhamos 50% de chances de herdar o gene de nosso pai. Minhas duas irmãs o evitaram, mas Tony e eu ficamos com o gene. Tony está com 43 anos; ele recebeu o diagnóstico em 2006. Ele vive num lar de idosos, não consegue se mexer e tem que ser alimentado por sonda. Ele não consegue falar, mas dá um sorriso de vez em quando.”

Cientistas japoneses confirmaram nesta terça-feira a eficácia de um novo método capaz de detectar a doença de Alzheimer na fase inicial, sem a necessidade de recorrer aos atuais procedimentos complexos e dolorosos. Ele detectaria pelo sangue o acúmulo de uma das proteínas cerebrais que são reconhecidas como uma das principais causas da doença.

O projeto foi desenvolvido por peritos do Centro Japonês de Geriatria e Gerontologia e uma equipe de cientistas da empresa japonesa Shimadzu, liderados pelo Prêmio Nobel de Química em 2002, Koichi Tanaka, informou a rede pública de televisão japonesa NHK.

Uma das causas do Alzheimer é o acúmulo da proteína beta-amiloide no cérebro. Com o novo teste, a equipe vai analisar como a proteína se acumula e afeta as funções cognitivas do paciente. “O acúmulo de beta-amiloides é o início do Alzheimer, então estamos tentando desenvolver medicamentos para lidar com isso”, disse Katsuhiko Yanagisawa, vice-diretor do centro, ao jornal local Japan Times.

A equipe monitorou 62 pacientes, de 65 a 85 anos, por meio de Tomografia por Emissão de Positrons (PET) e de exames de sangue para detectar o acúmulo da proteína. Utilizando um novo sistema de análise, os pesquisadores conseguem encontrar no sangue pequenas quantidades de uma proteína relacionada aos beta-amiloides que não havia sido vista antes. Através dessa proteína relacionada, é possível prever com precisão se os beta-amiloides estão se acumulando. O uso prático do teste permitiria detectar o Alzheimer durante controle médico rotineiro, antes que a doença se desenvolva.


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