Autoridades suíças deflagraram ontem (quarta-feira 27), uma operação para prender altos dirigentes da Fifa e extraditá-los aos Estados Unidos, onde são investigados por corrupção.
Conforme a BBC, sete dirigentes da Fifa foram presos em um hotel em Zurique, na Suíça, na manhã desta quarta-feira, sob acusações de corrupção, incluindo o ex-presidente da CBF, José Maria Marin. Ele teria sido visto deixando o hotel acompanhado por policiais, que carregavam sua mala e seus pertences em uma sacola plástica.
Além de Marin, foram presos Jeffrey Webb, presidente da Confederação das Américas Central e do Norte (CONCACAF) e vice-presidente da Fifa; Eduardo Li, presidente da Federação da Costa Rica; Julio Rocha, agente de desenvolvimento da Fifa; Costas Takkas, da Concacaf; Eugenio Figueredo, ex-presidente da Conmebol; e Rafael Esquivel, presidente da Federação da Venezuela e integrante da Conmebol.
O Departamento de Justiça americano foi o responsável por pedir as prisões. Entre os dirigentes investigados estão ainda Jack Warner, ex-vice-presidente da FIFA e membro do comitê executivo e Nicolás Leoz, ex-membro do comitê executivo da Fifa e presidente da Conmebol.
Segundo o jornal “The New York Times”, as acusações estão relacionadas a um vasto esquema de corrupção dentro da Fifa nos últimos 20 anos, envolvendo fraude, extorsão e lavagem de dinheiro em negócios ligados a copas do mundo e acordos de marketing e transmissão televisiva. Segundo o portal Lance!, ainda nesta manhã a polícia americana realizou uma busca nos escritórios da Concacaf em Miami, no estado da Flórida, nos Estados Unidos.
Em entrevista coletiva durante a manhã, em Nova York, a Secretária de Justiça dos Estados Unidos, Loretta Lynch, afirmou que a corrupção é “simplória, sistemática e enraizada no exterior e nos Estados Unidos”.
A Corte Federal em Nova York deve apresentar nesta quarta-feira acusações formais contra até 14 pessoas envolvidas no caso. Segundo informações preliminares, o presidente da entidade, Joseph Blatter, não está entre os acusados.
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