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Cientistas desenvolvem tratamento contra o câncer de pele a partir do vírus da Herpes

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cancer peleCientistas ingleses estão colocando em prática mais uma arma contra o câncer. Um grupo de pessoas com um tipo agressivo da doença na pele foi submetido a um remédio que tem como base o vírus da herpes, o resultado foi que o novo tratamento pode superar o câncer mesmo quando a doença já se espalhou pelo corpo.

Aplicada em 400 pacientes, a “virusterapia”— quando uma doença ataca a outra— teve resposta do organismo de um em cada quatro portadores da doença. Após seis meses de tratamento, cerca de 16% dos pacientes estavam em processo de remissão do câncer, enquanto 10% ficaram livres da doença (quando o paciente não apresenta registros da doença depois de cinco anos após o diagnóstico ele pode ser considerado curado). O medicamento à base do vírus da Herpes, chamado T-VEC, está na terceira fase de teste e se aprovada poderá ser disponibilizada já no próximo ano.

A pesquisa mostrou que os pacientes com estágio III e IV de câncer de pele tratados com o T-VEC, viveram em média 41 meses, enquanto que os pacientes que não foram submetidos ao tratamento e tinham a doença em um estágio menos avançado viveram, em média, 21,5 meses.

O tratamento é baseado numa versão “neutralizada” do vírus da herpes, modificado para parar de produzir a proteína que ataca células saudáveis. As células cancerígenas, então, passam a produzir sua própria versão dessa proteína neutralizada, o que permite que o vírus modificado cresça junto com o tecido afetado pelo câncer. O herpes se multiplica dentro das células cancerígenas até que elas explodam, espalhando o vírus por toda a área ao redor da célula, desencadeando uma reação imunológica contra o tumor.

Os cientistas identificaram que quando esse tipo de tratamento é utilizado, o sistema imunológico desenvolve maior capacidade de detectar e atacar o câncer. Os pesquisadores ainda não sabem o motivo, mas visualizaram que mesmo os tumores que não haviam sido infectados pelo vírus diminuíram ou desapareceram.

O tratamento, feito através de uma injeção, foi ministrado com uma dose a cada duas semanas, por cerca de 18 meses. O estudo, publicado na Journal of Clinical Oncology, revelou que os efeitos colaterais tendem a ser menores que os da quimioterapia, causando apenas sintomas de gripe após as primeiras aplicações. Além do câncer de pele, o método está sendo testado para combater também câncer na cabeça e no pescoço.


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