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Movimento por impeachment de Dilma perde força

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Os adversários da presidente Dilma Rousseff dentro do PMDB, maior partido da coalizão governista, estão perdendo as esperanças de que podem promover o impeachment da petista e substituí-la pelo vice- presidente Michel Temer, que também preside o PMDB.

A decisão no fim de 2015 do Supremo Tribunal Federal (STF) que ampliou a autoridade do Senado, onde a base de Dilma é mais sólida, no processo de impeachment, reduziu a influência do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), desafeto do Palácio do Planalto, e enfraqueceu o esforço dos partidos de oposição para tirar Dilma do cargo.

Defensores do impeachment acusam a presidente de ter manipulado as contas públicas para elevar os gastos em 2014, ano em que se reelegeu para um segundo mandato.

Mas, nas últimas semanas, um crescente consenso surgiu no ambiente político de que as evidências contra Dilma são muito frágeis para justificar o impedimento.

O governo está confiante de que tem mais que o um terço dos votos necessários nas duas Casas do Legislativo para garantir que o processo não tenha andamento.

Os críticos mais ferrenhos de Dilma dentro do PMDB estão agora focados em seus esforços para buscar o rompimento da aliança com o governo na convenção do partido, marcada para março. Eles esperam que esse rompimento provoque a queda do governo pouco mais de um ano depois do início do segundo mandato de Dilma.

O PMDB, que tem os presidentes da Câmara e do Senado e os titulares de seis ministérios do governo Dilma, além do vice-presidente, está com seus caciques divididos sobre deixar o governo tão antes da eleição presidencial de 2018, quando o partido pretende lançar um nome próprio ao Palácio do Planalto.

No Palácio do Planalto, há uma crescente sensação de alívio com a avaliação de que a ameaça do impeachment diminuiu, embora pessoas próximas à presidente afirmem que não vão baixar a guarda.

Dilma tem negado qualquer irregularidade, mas denúncias recentes envolvendo o ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner, renovaram os temores de que a presidente pode ser implicada na ampla investigação sobre um bilionário esquema de corrupção na Petrobras.

Qualquer evidência de que a campanha à reeleição de Dilma foi financiada com dinheiro de corrupção pode revigorar os esforços pelo impeachment e para anular sua eleição na Justiça Eleitoral. A recessão econômica e alta da inflação também podem dar fôlego a novas manifestações contra Dilma. Qualquer um desses cenários pode dar novo vigor à ala anti-Dilma do PMDB.


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