Um tribunal de New York recusou-se a arquivar uma demanda por fraude contra Donald Trump e sua malograda Universidade Trump, segundo informou na quarta-feira a fiscalização, que acusa o magnata de cometer fraude contra milhares de estudantes.
O processo contra o empresário foi aberto por outros aspirantes à candidatura republicana à Casa Branca e poderá seguir adiante graças a essa decisão da corte.
“Esperamos poder demonstrar em um tribunal de justiça que Donald Trump e sua farsa de universidade com fins lucrativos fraudaram mais de 5.000 consumidores por milhões de dólares”, disse em um comunicado o fiscal geral de New York, Eric Schneiderman.
As autoridades acusam a Universidade Trump de operar de forma ilegal, sem ter licença e de enganar o público com sua suposta oferta educativa, que não correspondia com a realidade.
Trump começou a universidade em 2005 e encerrou o serviço em 2010, mudando o nome para “Trump Entrepeneur Initiative”, já que não tinha licença para funcionar como universidade.
O centro oferecia cursos sobre negócios imobiliários e finanças com matrículas no valor de até $35.000 dólares e já havia sido objeto de outras demandas por fraude na Califórnia, que também afirmam que as promoções da Universidade Trump eram mentirosas.
O caso tem sido utilizado nas últimas semanas por outros candidatos para atacar Trump e a decisão da corte coincidiu com a chamada Super Tuesday, o momento eleitoral mais importante do processo de primárias.
Trump se defendeu no Twitter assegurando que a Universidade Trump tem uma “porcentagem de aprovação” por parte de seus alunos de 98 % e que poderia ter chegado a um acordo para encerrar o caso, mas que não o fez “por princípios”
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