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Presídio na Colômbia permite a posse de arma aos presos

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prisao colombiana

La Modelo”, controverso presídio localizado em Bogotá, Colômbia, é um reino livre para mais de 11 mil presos. Nesse pequeno inferno, os prisioneiros comandam o show. Uma vez que eles possuem acesso a armas e granadas, enquanto que os agentes penitenciários não.

Frequentemente, os condenados recorrem à violência para resolver os litígios entre rebeldes de esquerda partidários do governo e paramilitares. Essa concorrência já resultou em diversas mortes que aconteceram entre a região central e as duas alas.

Os membros das FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), presos na ala norte, realizam seus exercícios dentro da própria seção. A munição é contrabandeada para dentro da prisão e vendida por cerca de US$ 1.000 (quase 4 mil reais) a arma, graças à colaboração de funcionários corruptos.

No entanto, as armas não são os únicos privilégios, os presos também usam telefones celulares e possuem livre comunicação por satélite, que permitem a continuação e manutenção de suas atividades criminosas – como tráfico de drogas, sequestro e extorsão. Dentro de La Modelo ainda existem restaurantes, um deles foi providenciado pelas FARC e oferece comida de graça para os rebeldes de esquerda.

Os outros são administrados individualmente por alguns presos – obrigados a pagarem taxas mensais para gangues. Porém, o mais curioso (e desconcertante) desse presídio, é que os detentos podem realizar um “cambiazo”, uma espécie de troca para colocar um visitante no lugar de um preso por até US$ 2.500 (quase 10 mil reais).

Em uma entrevista para o jornal The Sun, um dos guardas afirmou que realmente são os presos que controlam a prisão. “Eles se organizam. Nós somos apenas instrumentos que guardam as paredes e controlam as barreiras, nada mais”, disse ele,

Ao longo dos anos, ocorreram diversos relatos sobre atos sangrentos dentro do sistema carcerário. Em abril de 2000, por exemplo, 25 presos foram mortos durante uma luta. Esse incidente chamou a atenção do governo da Colômbia, que até tentou alterar a prisão, fechando lojas e reforçando a segurança. No entanto, os esforços não fizeram muita diferença.

Em junho de 2001, mais de 100 detentos escaparam através de um buraco feito na parede, com a ajuda de membros livres das FARC. Esse evento levou à demissão do diretor da prisão, além de vários funcionários considerados suspeitos de corrupção. O incidente ainda colocou o lugar em estado de emergência por três meses até que a segurança fosse reforçada.

Apesar de todas as medidas tomadas, as autoridades ainda não foram capazes de colocar um fim no contrabando de armas, e recentemente uma nova descoberta chocou os agentes penitenciários: os detentos estavam matando seus inimigos e jogando os corpos no sistema de drenagem. Foram encontrados pelo menos 100 corpos desmembrados entre presos e visitantes, “mas o número de vítimas poderia ser ainda maior”, de acordo com Caterina Heyck, uma investigadora no gabinete do procurador-geral.


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