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Por que Portugal não está conseguindo atrair refugiados?

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A grave crise migratória atual ameaça dividir a Europa e acabar com a livre circulação no continente. Não foram poucos, por exemplo, os governos que levantaram cercas e muros e restabeleceram controles de fronteiras na tentativa de travar o intenso fluxo de refugiados.

Mas nem todos os países, porém, enxergam o momento atual pelo aspecto negativo. Alguns deles estão de braços abertos para receber estrangeiros – o problema é que quase ninguém aceita esse convite.

Portugal é um dos lugares que veem com bons olhos a chegada de refugiados: imerso numa grave crise imigratória, o país precisa de mão de obra jovem.

Diante disso, seu governo implementou diversas medidas para atrair refugiados, além de se colocar à disposição para receber um número de migrantes ainda maior que o estabelecido nos acordos da União Europeia.

A cota inicialmente estipulada para o país, de 4.574 pessoas, saltou para 10.574 depois de o primeiro-ministro António Costa anunciar na Bélgica, há poucas semanas, que Portugal estava disposto a acolher outros 6 mil refugiados.

Entretanto, só 32 chegaram ao país até agora – outro grupo, com mais 37, é esperado nos próximos dias.

A baixa resposta às iniciativas lusas frustrou as autoridades locais. Em entrevista ao jornal português Diário de Notícias, o diretor-adjunto do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, Luís Gouveia, admitiu que um dos principais entraves à chegada de refugiados é a recusa dos próprios de seguir para Portugal.

Como Portugal não tem a projeção internacional das principais potências econômicas europeias, avalia o coordenador da Plataforma de Apoio aos Refugiados, Rui Marques, acaba ignorado pelos migrantes que chegam ao continente.
Uma das principais iniciativas para atrair jovens refugiados é a possibilidade de entrar no ensino universitário. No começo de fevereiro, o governo português anunciou um plano de distribuir 2 mil bolsas de estudos a requerentes de refúgio, com direito a alojamento e aulas de português e inglês. A medida abrange ainda as escolas politécnicas.

Para quem pretende trabalhar, Portugal promete emprego no setor agrícola em regiões onde geralmente há baixa densidade populacional. Segundo o ministro-adjunto português, Eduardo Cabrita, cerca de 100 municípios do país já manifestaram interesse em receber refugiados e ajudar a integrá-los ao mercado local.


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