O presidente da Câmara de Representantes dos Estados Unidos, o republicano Paul Ryan, adiantou na terça-feira que levará nesta quinta-feira à Câmara, a votação sobre uma resolução contra ao plano imigratório do presidente Barack Obama.
A resolução se refere à entrega de um documento ao Supremo Tribunal, encarregado de julgar as medidas de Obama.
Segundo alegou Ryan ao explicar esta postura, colocar o Legislativo em frente do Executivo, na máxima instância judicial do país, servirá para demonstrar que, segundo a Constituição, “o presidente não pode escrever as leis” e só o Congresso tem capacidade para legislar.
“O Legislativo deve ser quem escreve as leis, não o Executivo”, insistiu.
Os republicanos consideram que Obama se excedeu em seu poder ao proclamar por decreto seu plano migratório, que consiste na ampliação de um programa executivo de 2012 conhecido como DACA e cujo objetivo é evitar a deportação de indocumentados que chegaram crianças ao país.
A outra parte do plano, anunciado em novembro de 2014, é o programa de DAPA, que busca evitar a deportação dos pais indocumentados de cidadãos americanos ou filhos com residência permanente.
O plano de Obama foi bloqueado por uma demanda apresentada por 26 estados, em sua maioria governados por republicanos, liderados pelo Texas e que argumentam que a medida excede a autoridade que a Constituição outorga ao presidente.
Os juízes do Supremo farão uma audiência sobre o caso em abril e darão a sentença em junho, em plena campanha para as eleições presidenciais de novembro.
Se o Supremo não falar a favor do Governo, Obama terá apenas meio ano para tratar de pôr em marcha suas medidas migratórias, já que seu mandato terminará em janeiro de 2017.
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