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Carioca de 16 anos viraliza nos EUA ao zombar de ato pró-Trump na Paulista

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A estudante carioca Lara Rotenberg, 16, estranhou ao ler a notícia de que cerca de 30 pessoas foram à avenida Paulista manifestar seu amor por Donald Trump e sua aversão por Hillary Clinton, chamada de “a Dilma americana”, no sábado (29).

Achou engraçado “brasileiros dando pitaco na eleição dos EUA”. Ainda mais insólita era uma foto que passou por suas redes sociais e foi publicada no site da Folha: um rapaz segurando o cartaz “Gays for Trump” e outra garota levantando outro, “Women for Trump”. “Salvei-a pensando que poderia dar um bom tuite”, conta. E assim foi: postou a imagem na rede social com a legenda “Trees for Deforestation”.

Ela explica o raciocínio: “Pensei em alguma comparação idiota que pudesse se igualar à estupidez dos cartazes e terminei por ficar com ‘árvores pelo desmatamento’. Primeiramente, eu escreveria a legenda em português. Mas, como tinha muitos seguidores que falam inglês, resolvi mudar. Se tivesse me mantido o português, com certeza não teria tido 1% da repercussão que teve”. O post de Lara no Twitter, até a madrugada de quarta (2), tinha mais de 224 mil curtidas e outros 138 mil compartilhamentos –bem acima dos 3.000 seguidores que tem (calcula ter ganhado uns 500 depois de viralizar).

Ela diz que não sabe como a onda começou. Entre os comentários que recebeu dos novos “fãs”, muitos eram novas analogias. “Algumas sérias, como ‘negros pela escravidão’ ou ‘judeus por Hitler’, e outras envolvendo humor: ‘Galinhas por nuggets’ ou ‘sexo pela virgindade’.”

“Gerou também ódio por parte dos eleitores do Trump”, conta. “Muitos diziam que ele não é contra homossexuais, anexavam uma foto do candidato segurando a bandeira gay. Também acrescentavam que Hillary era contra o casamento gay antes de se candidatar.” Teve apenas quem parece não ter entendido a ironia de Lara, que no Twitter assina como @withebeaties. “Por favor vá se informar, desmatamento é bom para replantarmos. Nunca tivemos tantas árvores quanto hoje”, comentou um seguidor.

Para Lara, Brasil e EUA não estão tão distantes em termos de “desgraça” política. “Acreditava que, se você tem que afirmar que é gay, mulher, negro, etc e que ‘mesmo assim’ vota no Trump, há uma contradição. Essas pessoas podem ser a favor do candidato, mas ele com certeza não é ‘a favor’ delas. Comparando com o Brasil, seria o mesmo se fizesse um cartaz ‘gays pelo Bolsonaro’.”


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