Estudos genéticos revelaram que os povos insulares da Melanésia possuem uma ancestralidade genética distinta, potencialmente oriunda de um hominídeo misterioso.
Análises revelaram que seus antepassados surgiram a partir de Neandertais e Denisovans. No entanto, evidências genéticas apontaram para um terceiro grupo humano desconhecido. Ele poderia ser adicionado à linha da evolução humana, de acordo com informações do jornal Daily Mail.
Os grupos das ilhas da Melanésia, que incluem Papua Nova Guiné, Fiji e Ilhas de Salomão, além de outras, são geograficamente cortadas pelo Oceano Pacífico, com um DNA que proporciona uma perspectiva única sobre como os ancestrais se espalharam por toda a região.
A pesquisa mais recente, apresentada em uma reunião da Sociedade Americana de Genética Humana, em Vancouver, Canadá, reforça as descobertas anteriores de que poderia haver uma outra vertente para a evolução dos humanos modernos, que surgiu a partir da miscigenação de grupos pré-históricos.
Análises genéticas feitas entre europeus, asiáticos e outros grupos de descendência não-africana, sugerem que os seres humanos antigos tenham se relacionado com neandertais. Tanto que, alguns destes grupos acabaram herdando cerca de 4% do DNA destes primos humanos extintos.
De acordo com o geneticista Ryan Bohlender, da Universidade do Texas, que analisou junto com sua equipe a taxa de mistura genética vista em melanésios modernos, descobriram que algo ali não se encaixava. Como esperado, as análises encontraram evidências de Neandertais, Denisovans e uma elevada proporção de outra ascendência extinta e desconhecida.
Para explicar o mistério, a equipe sugeriu que os antigos melanésios cruzaram com um terceiro grupo de hominídeos. Eles estimam que este tenha se ramificado a partir de um ancestral comum há 440.000 anos.
Entre os genes Denisovan herdados estão os que aumentaram a capacidade de resistência a alguns vírus, bem como os fornecedores de benefícios metabólicos, incluindo aumento do nível de glicose no sangue e quebra de gorduras.
Os pesquisadores descobriram que os humanos modernos cruzaram com Neandertais inúmeras vezes, e com Denisovans pelo menos uma vez, antes que ambas as espécies se tornassem extintas.
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