O consumo de três ou quatro xícaras diariamente está associado a uma menor probabilidade de desenvolver problemas cardiovasculares como ataques do coração e derrames cerebrais.
Se comparados aos que não bebem café, o risco de desenvolver doença cardíaca para os que consomem regularmente a bebida é 19% menor. No caso de morte por derrame, o risco chega a ser 30% menor.
Também há uma associação positiva entre o consumo de café e um menor risco de desenvolver alguns tipos de câncer e doenças do fígado.
As evidências, contudo, indicam que mulheres grávidas e as propensas a fraturas ósseas devem evitar a ingestão de cafeína uma vez que, para esses dois grupos, foram identificados mais malefícios que benefícios.
O estudo faz uma análise estatística de 218 pesquisas anteriores, que apresentaram mais de 70 resultados diferentes, e foi conduzido na faculdade de medicina de Southampton, no Reino Unido.
Apesar de apontar que beber uma quantidade moderada é melhor que ficar sem café, os pesquisadores alertam que as pessoas não devem começar a consumir a bebida apenas se pretendem evitar doenças. E esqueça acompanhamentos! Os pesquisadores aconselham evitar cremes e bolos que normalmente acompanham a bebida.
O professor Paul Roderick, coautor do estudo, pondera que, apesar da associação positiva apontada pelos diferentes estudos, não é possível afirmar que o café é o principal responsável pela menor incidência de doenças.
Fatores como idade, tabagismo e prática de exercício físico, explica Roderick, podem também ter efeito no maior ou menor risco de desenvolver doenças.
As descobertas respaldaram outras pesquisas recentes e trazem uma mensagem reconfortante para os que gostam de tomar café.
“Os benefícios do consumo moderado de café parecem superar os riscos”, diz o professor.
O NHS, serviço público de saúde do Reino Unido, recomenda que mulheres grávidas não consumam mais que 200 miligramas de cafeína por dia. Isso equivale a duas canecas de café solúvel.
A ingestão de uma grande quantidade de café, dizem os pesquisadores, podem aumentar o risco de aborto.
O estudo aponta ainda que mulheres com risco de fraturas também devem cortar a cafeína.
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