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EUA vão checar mídias sociais de pessoas que pedem visto

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O governo do presidente Donald Trump tem uma proposta para exigir histórico das redes sociais dos solicitantes nos últimos cinco anos, para aprovar ou não a entrada deles no país.

A ideia, que vem do Departamento de Estado americano, é exigir que os estrangeiros com intenção de visitar os Estados Unidos forneçam seus endereços de Facebook, Twitter, Instagram, Youtube, entre outros.

As pessoas teriam de passar os detalhes de todas as contas que tiveram nessas redes nos últimos cinco anos.

A proposta também quer que os candidatos enviem os números de telefones que usaram nesse mesmo período, seus endereços de e-mail e histórico de viagens. Eles seriam obrigados a dizer se já foram deportados de um país, ou se algum parente já esteve envolvido em “atividades terroristas”.

Caso a medida seja aprovada, ela não afetará pessoas de países que não precisam de visto para entrar nos Estados Unidos, como Reino Unido, Canadá, França e Alemanha. No entanto, cidadãos de países como Brasil, México, Índia, China e outros – para os quais os Estados Unidos exigem visto de visitante – terão de se adaptar às novas regras.

Segundo as regras atualizadas em maio do ano passado, as autoridades americanas foram orientadas a buscarem informações em redes sociais dos solicitantes de visto apenas se sentissem que “essas informações seriam necessárias para confirmar a identidade ou realizar investigações de segurança nacional mais rigorosas”, conforme explicou um funcionário do departamento na época.

A proposta mais rígida vem agora, depois de Trump ter prometido implementar uma “avaliação mais rigorosa e extrema” para estrangeiros que quisessem entrar nos Estados Unidos – uma medida que ele descreveu como necessária para “combater o terrorismo”.

A ideia terá de ser submetida a aprovação pelo Departamento de Gestão e Orçamento. A população terá dois meses para opinar sobre a proposta antes de haver qualquer decisão definitiva.

Grupos de ativistas pelos direitos civis já condenaram a medida e afirmaram que ela é uma “invasão de privacidade que pode prejudicar a liberdade de expressão”.

“As pessoas agora terão de levar em consideração se o que elas postam nas redes sociais poderá ser mal interpretado ou mal entendido por uma autoridade do governo”, afirmou Hina Shamsi, da União Americana das Liberdades Civis.

“Também nos preocupa qual será a definição do governo Trump para o conceito vago de ‘atividades terroristas’, porque isso é algo puramente político e pode ser usado como uma forma de discriminar imigrantes que não fizeram nada de errado”, reforçou.

As plataformas de mídias sociais que estão incluídas na proposta são Instagram, LinkedIn, Reddit e Youtube, além de Facebook e Twitter. No entanto, segundo o New York Times, há plataformas estrangeiras envolvidas também, como a da China, Sina Weibo, e a da Rússia, VK.


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