Moradores de área que será afetada na Carolina do Sul protegeram apartamento com tapumes e estocaram comida para 2 semanas. ‘Comunidade brasileira está se ajudando’, diz Ronei Feliphe.
Enquanto centenas de milhares de pessoas que vivem na Costa Leste dos Estados Unidos estão deixando suas casas por causa da chegada iminente do furacão Florence, há outras que decidiram ficar, apesar da ordem de evacuação do governo. É o caso do brasileiro Ronei Feliphe, de 38 anos, que vive com a mulher e três filhos em Goose Creek, na Carolina do Sul. Ele está há 3 anos nos EUA, e trabalha na construção civil. “Optei por ficar porque minha logística com três crianças ficaria muito complicada. Seria muito custoso ficar uma semana fora”. Este será o terceiro furacão vivido pela família. Dois anos atrás, eles saíram da cidade para evitar o Matthew, mas em 2017 ficaram em casa na passagem do Irma. “Foi bem tranquilo, como uma chuva forte de verão no Rio de Janeiro”, lembra o natural de Magé (RJ).
Para a chegada do Florence, prevista para esta quinta-feira, Feliphe colocou tapumes nas janelas do apartamento térreo onde vivem, e comprou muitos mantimentos. “Já preparamos e congelamos a maioria da comida”, diz. Eles têm provisões para duas semanas. Eles também estocaram pilhas e encheram as banheiras da casa com água. Os filhos têm 6, 8 e 14 anos, e também já vivenciaram furacões anteriores. “Este ano estão mais ansiosos, pois a proporção do Florence é maior. E no ano passado não entendiam tão bem o inglês”, diz.
Feliphe conta que está em contato com vários outros brasileiros que decidiram ficar na cidade. “A comunidade está se ajudando. Resolvemos contar mais conosco do que com governo”, comenta. Ainda assim, afirma que as autoridades locais têm sido solícitas no que é possível ajudar. A ordem de evacuação, diz Feliphe, é de cumprimento opcional. O brasileiro acredita que se a previsão fosse de que o Florence será maior, haveria soldados obrigando as pessoas a partir, mas que desta vez não é o caso. O problema maior do furacão, afirma, serão as inundações que ele deve causar. No entanto, seu apartamento fica longe de rios e lagos, e a 30 km da praia , aproximadamente, o que diminui o risco de que seja afetada. (G1)
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