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FBI: Crimes de ódio nos EUA crescem e atingem principalmente negros e judeus

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O número de casos classificados pelo FBI como crimes de ódio nos Estados Unidos cresceram 17% em 2017, na comparação com 2016.

De acordo com os dados da polícia federal americana, é o terceiro ano consecutivo em que há aumento neste tipo de incidente, definido por ser motivado por preconceito.

Órgãos oficiais registraram 7.175 crimes de ódio no ano passado, contra 6.121 em 2016.

O aumento destes crimes é atribuído em parte à adição de cerca de mil departamentos de polícia que passaram a registrar esses incidentes.

O relatório constatou que o crescimento de casos afetou especialmente negros e judeus.

Dos ataques registrados em 2017, aqueles motivados por questões raciais (um total de 4.131) concentram-se em incidentes envolvendo vítimas negras (2.013).
Dos ataques registrados em 2017, aqueles motivados por questões raciais (um total de 4.131) concentram-se em incidentes envolvendo vítimas negras (2.013).

Já aqueles motivados por preconceito religioso (1.564) tiveram entre as maiores vítimas os judeus (938).

O procurador-geral interino dos EUA, Matthew Whitaker, caracterizou o relatório como um “apelo à ação” e condenou os crimes como “violações desprezíveis de nossos valores centrais como americanos”.

O que mais o relatório mostra?
Segundo o relatório, 59,6% dos incidentes foram motivados por preconceito contra raça, etnia ou ascendência.

Crimes de ódio religioso constituíram 20,6% dos ataques; aqueles contra orientação sexual representaram 15,8%.

O FBI define crimes de ódio como uma “ofensa criminal contra uma pessoa ou propriedade motivada, no todo ou em parte, por um preconceito contra uma raça, religião, deficiência, orientação sexual, etnia, gênero ou identidade de gênero”.

Os dados de 2017 apontam que 5 mil ataques registrados foram feitos por meio de intimidação ou agressão.

Cerca de 3 mil tinham como alvo propriedades, o que inclui vandalismo e roubo.

Crimes de ódio contra judeus tiveram um aumento de 37% em relação a 2016.

A publicação vem um mês depois que 11 judeus foram mortos por um atirador que invadiu uma sinagoga em Pittsburgh, fazendo deste o ataque mais mortífero contra judeus na história dos EUA. O suspeito foi acusado de dezenas de crimes de ódio.

Crimes contra afroamericanos tiveram um aumento de 16%.

Como foram as reações aos dados?
Defensores dos direitos civis dizem que os números são subestimados, já que muitas vítimas optam por não apresentar denúncias; além disso, estas organizações apontam que muitas corporações não mantêm estatísticas precisas ou confiáveis.

Jonathan Greenblatt, da Liga Judaica Antidifamação, disse que o relatório “acrescenta evidências de que mais deve ser feito para enfrentar o clima divisivo do ódio na América.”

“Isso começa com líderes de todas as esferas da vida e de todos os setores da sociedade condenando vigorosamente o antissemitismo, o fanatismo e o ódio sempre que ele ocorre”.

A Associação Nacional para o Progresso das Pessoas de Cor (NAACP, na sigla em inglês) classificou os dados como “estarrecedores” e apontou que eles deveriam exigir “atenção total do Congresso”.


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