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Três em cada dez brasileiros presos na Espanha têm ligação com drogas

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Dados fornecidos pelo Itamaraty revelam que três em cada dez brasileiros presos na Espanha têm ligação com drogas. Segundo o órgão, dos 343 brasileiros que se encontravam presos no país europeu até o final de 2018, 107 cumpriam pena por narcotráfico e posse de drogas, sendo essas as causas mais recorrentes para as detenções.

O Ministério das Relações Exteriores afirma não ter compilado, ainda, os índices referentes a 2019, aos quais deve se somar a prisão do sargento Manoel Silva Rodrigues, pego com 39 quilos de cocaína pela Guarda Civil espanhola ao chegar no aeroporto de Sevilha em um voo da Força Aérea Brasileira com a comitiva do presidente Jair Bolsonaro, no último 25 de junho. Assim como ocorre hoje com Silva Rodrigues, a maioria dos brasileiros sentenciados por narcotráfico e posse de drogas — 61 de 107 — se concentrava, em 2018, em províncias sob jurisdição do consulado-geral do Brasil em Madri. Os outros 46 se encontravam em áreas sob jurisdição do consulado-geral do Brasil em Barcelona, de acordo com o Itamaraty.

As detenções de brasileiros por tráfico e posse de drogas no ano passado foram seguidas pelas prisões por crimes contra a pessoa, como homicídio (14), crimes contra o patrimônio (5) e crimes sexuais (2). Sobre as sentenças de 85 dos brasileiros que estavam cumprindo pena, não há informações exatas. Outros 130 se encontravam em prisão preventiva. O levantamento do Ministério das Relações Exteriores revela ainda que o total de brasileiros presos na Espanha em 2018 subiu 17% em relação aos 293 de 2017. De 2016 para 2017, havia sido registrada uma pequena queda de 4,8%.

A proporção considerável de brasileiros presos na Espanha por narcotráfico e posse de drogas pode se explicar pelo fato de que o Brasil é um importante país de trânsito dos entorpecentes que vão da América do Sul para a Europa — especialmente a cocaína. “O primeiro fator que contribui para isso é a presença de organizações criminosas no Brasil que estão em contato com organizações criminosas nos países produtores de cocaína — como a Colômbia e a Bolívia”, afirma Laurent Laniel, analista científico no Centro Europeu de Monitorização das Drogas e da Toxicodependência (EMCDDA, na sigla em inglês).


Agenda Cultural 22/8/19, by Roger Costa

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