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Nigeriano morre de fome em centro de detenção de imigrantes no Japão

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A agência Nacional de Imigração do Japão informou hoje que um cidadão nigeriano morreu, em junho, de inanição num dos seus centros de detenção após ter iniciado uma guerra de fome em protesto pela sua detenção prolongada.

A morte, ocorrida no centro de imigração em Omura, região de Nagasaki, é a primeira deste tipo no Japão, onde as greves de fome são formas de protesto habitual entre os imigrantes detidos por largos períodos. A morte do homem, de 40 anos, foi conhecida através da divulgação de um relatório em que a agência dava conta de que o detido recusou comida e tratamento médico e que o centro não poderia tratá-lo ou alimentá-lo à força.

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Detalhes do relatório, divulgados pela agência de notícias Kyodo, aponta que a resposta do centro “não foi inapropriada”. O homem foi transferido para o centro de deteção em Omura depois de ter saído em liberdade condicional da prisão, em novembro de 2015, onde se encontrava na sequência da condenação por vários delitos, incluindo roubo. De acordo com o mesmo relatório, o cidadão nigeriano não podia ser libertado do centro pela gravidade e natureza reincidente dos seus crimes.

Nos centros de detenção de imigrantes do Japão estão retidas, entre outros, pessoas com vistos expirados e que receberam ordem de deportação. Muitas destas pessoas residiram no país durante décadas e têm família e descendentes nascidos no Japão, o que dificulta o regresso aos países de origem. O imigrante nigeriano falecido em Omura foi casado com uma cidadã japonesa, da qual se divorciou, e recusou-se a abandonar o Japão por ter família no país, ainda segundo o relatório.

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Os estrangeiros indocumentados são detidos em média durante 2 a 3 anos, antes de serem libertados provisoriamente e detidos novamente se não abandonarem o país pelos seus próprios meios, condições que têm sido condenadas repetidamente em vários relatórios do Comité das Nações Unidas contra a Tortura. O recurso à greve de fome é frequente entre os detidos nestes centros, que são deixados por largos períodos em celas exíguas e sem janelas. Os detidos alegam igualmente ser vítimas de abusos, com vários casos registados de suicídio. Até final de 2018, havia 1.300 pessoas detidas em instalações de detenção de imigrantes no Japão, das quais quase 700 estavam detidas há mais de seis meses.


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