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México processa nove funcionários públicos pelo assassinato de 19 imigrantes

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O Ministério Público Federal do México informou que está processando nove funcionários, dois agentes migratórios e sete policiais municipais, pela morte de 19 pessoas, sendo 16 de deles imigrantes guatemaltecos, que foram assassinados e queimado em janeiro na fronteira norte do México.

Os corpos foram encontrados em um caminhão incendiado em Camargo, no estado de Tamaulipas, em uma área que há anos é marcada por sangrentas guerras territoriais entre os remanescentes do Cartel do Golfo e o antigo Cartel de Los Zetas, e um local para onde passam os imigrantes que desejam cruzar ilegalmente para os Estados Unidos.

No mesmo local também foi encontrado outro veículo queimado, mas sem cadáveres e com placas do estado vizinho de Nuevo León que havia sido segurado pelo Instituto Nacional de Migração (INM) no final de 2020.

Após o massacre, o governo federal anunciou o afastamento de nove integrantes do INM de seus cargos para investigá-los, dois dos quais agora estão vinculados ao processo.

Os outros sete são integrantes da Secretaria de Segurança Pública do município de Escobedo. Todos estão ligados às providências do segundo caminhão, presos em dezembro e envolvidos no crime.

O juiz ordenou mais três meses de investigação, mas sem medidas cautelares, e agora estão em liberdade.

Além desses oficiais, a promotoria de Tamaulipas deteve uma dezena de policiais estaduais do Grupo de Operações Especiais, unidade ligada a vários casos de abusos, por homicídio, abuso de autoridade e falso testemunho em fevereiro.

As autoridades não explicaram o motivo do crime, mas a polícia local e estadual corrupta do México costuma ser paga pelos cartéis. Essas gangues do crime organizado costumam cobrar dos contrabandistas de imigrantes para cruzar seus territórios e sequestrar ou matar aqueles que não pagaram ou que optaram por atravessar com grupos rivais.

O crime ressuscitou o massacre de 72 migrantes em 2010 perto da cidade de San Fernando, também no estado de Tamaulipas. A possibilidade de que tal massacre se repetisse era uma das maiores preocupações do atual governo mexicano, que garantiu que no caso de Camargo não haveria impunidade.


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