Durante décadas em estados fronteiriços como o Arizona, túneis foram usados para tráfico de drogas e pessoas, de acordo com a Patrulha de Fronteira. As autoridades da fronteira os descrevem como obras arquitetônicas sofisticadas.
A Telemundo Arizona realizou um tour no qual agentes da Patrulha de Fronteira explicaram como vivem e lidam com essa vigilância clandestina na área de Nogales.
Devido à complexidade desse tipo de vigilância, foi criada uma equipe especial na região, que atualmente é composta por 20 agentes.
A claustrofobia, o medo de lugares fechados e a força psicológica mais do que física, reitera Brinkhoff, fazem a diferença em sua equipe, por isso treinam todos os dias. A primeira etapa ocorreu dentro de um túnel de 38 polegadas de diâmetro, onde é impossível ficar de pé e tudo o que você vê é a escuridão.
Para o agente que ofereceu o guia, o caminho parecia fácil, mas para nossa equipe, a combinação de umidade e pouco espaço se tornou um desafio. O treinamento continuou e, à medida que avançava, a complexidade aumentava.
O percurso e o desafio foram complicados: havia pouco ar e em algumas zonas a única forma de continuar era adaptando o corpo. Depois de passar por um túnel que parecia não ter fim, o agente e nossa equipe viram a luz depois de meia hora.
Um campo de treinamento e 20 agentes compõem esse grupo especializado, que se une aos esforços da Patrulha de Fronteira para controlar o trânsito ilícito de drogas e migrantes na fronteira.
Além dessa luta clandestina, aliada ao treinamento dos agentes, melhorias na infraestrutura também foram agregadas nos últimos anos.
A maioria dos túneis possui área abobadada, o sistema de água e drenagem que há décadas é usado por grupos criminosos para criar estradas de entrada ilegais nos Estados Unidos possui câmeras, sensores e uma enorme cerca de metal, os policiais praticamente isolam a passagem, criando um quadro totalmente diferente de alguns anos atrás, segundo agentes de fronteira.
“Todos esses pequenos canais, (os traficantes) vêm aqui e tentam ter e aproveitar… e por isso temos que vir regularmente para verificar se tudo é visto como deve ser visto”, explicou José Ortiz, agente da Patrulha de Fronteira.
Sob o solo fronteiriço estão as cicatrizes e vestígios do controle que grupos criminosos tiveram durante anos nesses caminhos sombrios, em uma luta que o agente Ortiz garante que continua, apesar do progresso que fizeram na área.
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