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Em Portugal, xenofobia dispara 505%, especialmente com brasileiros

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Xenofobia em Portugal se torna pauta urgente diante do aumento alarmante de 505% nas denúncias de casos de discriminação entre 2017 e 2021, conforme apontado pela Comissão para Igualdade e contra a Discriminação Racial. Conforme publicação, este número não apenas reflete um desafio para as autoridades locais mas também acende um alerta para a comunidade internacional sobre as crescentes dificuldades encontradas por imigrantes, que buscam novas oportunidades de vida e trabalho no país. 

Portugal tem sido um destino promissor para muitos brasileiros. Somente no último ano, um aumento de 36% foi registrado no número de residentes legais estrangeiros, informa reportagem de TAB. Os brasileiros representam uma parcela significativa deste incremento, contabilizando quase 400 mil indivíduos em um país de aproximadamente 10,4 milhões de habitantes. A vida em Portugal, entretanto, apresenta obstáculos para esta comunidade, que se estende desde a busca por oportunidades de trabalho até a luta constante contra estereótipos e preconceitos.

A palavra “xenofobia” tem raízes gregas e pode ser desmembrada em “xénos” (estrangeiro) e “phóbos” (medo), expressando assim, um temor ou repulsa por aqueles que são diferentes ou de fora. Em Portugal, isso se manifesta através de comportamentos discriminatórios e, por vezes, violentos contra não-nativos, os quais muitos insistem em dizer serem casos isolados. No entanto, relatos e dados estatísticos contradizem essa perspectiva, expondo uma problemática estrutural que necessita de atenção e medidas práticas.

Tem se tornado comum os episódios envolvendo xingamentos e discriminação no ambiente de trabalho e instituições educacionais revelam a extensão e profundidade do preconceito enraizado em certos segmentos da sociedade portuguesa.

Portugal, ao mesmo tempo que é louvado por sua cultura rica e história multifacetada, enfrenta o desafio de reconciliar a imagem de nação acolhedora com os crescentes casos de xenofobia. Especialistas e ativistas, como Teresa Pizarro Beleza, reiteram a necessidade de abordar este problema de frente, trabalhando tanto na conscientização social quanto na implementação de políticas públicas eficazes que garantam a segurança e integração de todos os residentes, independentemente de sua origem.

Enquanto Portugal permanece sendo um polo atrativo para brasileiros e outras nacionalidades, a xenofobia emergente se apresenta como uma barreira tangível e prejudicial para a integração e harmonia social. Abordar a xenofobia em Portugal e seus impactos de maneira franca e objetiva não apenas lança luz sobre um problema crescente, mas também fornece um ponto de partida para discussões mais amplas sobre inclusão, direitos humanos e coexistência pacífica em um mundo globalizado.


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