Três pessoas foram presas e acusadas de operar uma “rede de bordéis de luxo” em Massachusetts e na Virgínia com uma clientela que incluía autoridades eleitas, oficiais militares e prestadores de serviços do governo com autorizações de segurança, anunciou o Departamento de Transportes dos Estados Unidos na quarta-feira.
“Escolha qualquer profissão”, disse Joshua Levy, procurador interino dos EUA em Massachusetts, sobre a extensa lista de clientes. “Ela provavelmente está representada neste caso”, disse ele em entrevista coletiva em Boston.
Levy não identificou nenhum dos clientes do bordel e observou que vários mandados de busca estão sendo conduzidos no caso em Massachusetts, Califórnia e Virgínia.
Han Lee, 41, de Cambridge, Massachusetts; James Lee, 68 anos, de Torrance, Califórnia, e Junmyung Lee, 30 anos, de Dedham, Massachusetts, foram acusados de conspiração para coagir e incitar viagens para atividades sexuais ilegais.
Segundo Levy, os três indivíduos transportavam as mulheres e as comercializavam online para clientes pré-aprovados escolherem em diversos sites, além de administrarem os bordéis em apartamentos que alugaram.
“Este caso remonta ao verão de 2022, quando os investigadores identificaram vários compradores através de registros telefônicos de vigilância e entrevistas”, explicou Levy. “Os compradores que compunham essa rede vinham de diversas profissões”.
E acrescentou: “São médicos, advogados, contadores, funcionários públicos, executivos de empresas farmacêuticas e de alta tecnologia, oficiais militares, prestadores de serviços governamentais, professores, cientistas. Esses são os homens que alimentam esta rede de comércio sexual”.
“Existem potencialmente centenas de indivíduos que utilizaram estes serviços como compradores comerciais de sexo”, disse Levy, observando que a investigação ainda está na fase inicial.
“Os supostos potenciais compradores de sexo neste esquema primeiro tiveram que responder a uma pesquisa e fornecer informações on-line, incluindo fotos de sua carteira de motorista, informações de seu empregador, informações de cartão de crédito, e muitas vezes pagaram uma taxa mensal para fazer parte disso.
A rede de prostituição utilizou principalmente dois sites que anunciavam encontros com mulheres asiáticas, de acordo com uma declaração apresentada em tribunal por um agente especial das Investigações de Segurança Interna.
O agente disse que cerca de 20 compradores de sexo foram entrevistados em conexão com a investigação de vários anos. Um cliente descreveu o recebimento de uma mensagem de texto com as opções disponíveis em um bordel, incluindo mulheres disponíveis, serviços sexuais e preço por hora.
O agente disse acreditar que os bordéis são “luxo” devido ao alto custo das unidades de aluguel utilizadas e à “extensão das disciplinas profissionais dos compradores de sexo”.
Os clientes não são citados no depoimento, segundo o agente, porque a investigação sobre seu envolvimento é “ativa e contínua”.
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