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Suspeito de atirar contra três estudantes palestinos nos EUA é preso, diz polícia

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Um suspeito foi preso no tiroteio contra três estudantes universitários palestinos em Burlington, Vermont, nos EUA, em um caso que atraiu a atenção do país em meio a preocupações sobre o aumento dos níveis de crimes de ódio desde o início da guerra entre Israel e Hamas.

Jason J. Eaton, de 48 anos, foi preso na tarde de domingo (26) perto do local do ataque, disse o Departamento de Polícia de Burlington em um comunicado à imprensa. As autoridades disseram que Eaton mora em um prédio de apartamentos em frente ao local do tiroteio e uma busca em sua casa revelou evidências que deram aos investigadores “causa provável para acreditar que o Sr. Eaton realizou o ataque”.

As autoridades estavam investigando se o tiroteio poderia ter sido um crime de ódio, disseram fontes. A polícia não detalhou na manhã desta segunda-feira (27) quais acusações o suspeito enfrenta. A CNN não conseguiu determinar se Eaton conta com um advogado. Espera-se que Eaton seja processado em tribunal nesta segunda-feira. A polícia também planeja realizar uma entrevista coletiva para discutir o caso. Os estudantes, todos de 20 anos, caminhavam pela rua na noite de sábado (25) quando foram confrontados por um homem armado, que abriu fogo e atirou em cada um deles “sem falar” antes de fugir, segundo a polícia.

Dois dos estudantes estavam em condições estáveis ​​durante o fim de semana, mas o terceiro sofreu “ferimentos muito mais graves”, disse a polícia, observando que dois foram baleados no torso e outro nas extremidades inferiores. Os estudantes baleados foram identificados como Hisham Awartani, um estudante da Brown University em Rhode Island; Kinnan Abdalhamid, estudante do Haverford College, na Pensilvânia; e Tahseen Ahmad, estudante do Trinity College em Connecticut, segundo o Institute for Middle East Understanding, que forneceu declarações em nome das famílias das vítimas.

As famílias das vítimas e vários grupos de direitos civis têm instado os investigadores a examinarem cuidadosamente se o tiroteio foi um crime de ódio, uma vez que o ataque ocorreu em meio a um aumento relatado de incidentes de preconceito anti-muçulmano e anti-árabe nos EUA desde que a guerra em curso entre Israel e o Hamas inflamaram-se no mês passado. “Neste momento tenso, ninguém pode olhar para este incidente e não suspeitar que pode ter sido um crime motivado pelo ódio”, escreveu o chefe da polícia de Burlington, Jon Murad, em um comunicado á imprensa. Um advogado das famílias das vítimas, Abed Ayoub, disse acreditar que os estudantes foram alvo, em parte, porque dois deles usavam keffiyehs – lenços tradicionais palestinos.


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