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Em Portugal, brasileiro é eleito deputado por partido de extrema-direita

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O partido de extrema-direita “Chega” obteve um dos desempenhos mais expressivos nas eleições legislativas de Portugal, no domingo (10). Criado há cinco anos, o partido conseguiu cerca de 18% dos votos e quadruplicou sua representação no Parlamento – saltando de 12 para 48 cadeiras, tornando-se a terceira maior força da Casa Legislativa.

Entre os parlamentares eleitos pelo “Chega” está um brasileiro. Marcus Vinicius Teixeira Soares dos Santos foi uma das 7 candidaturas que o partido conseguiu emplacar na região do Porto. Em suas redes sociais, o brasileiro agradeceu aos eleitores após a confirmação do resultado.

Brasileiro é eleito deputado por partido da extrema direita em Portugal | O  TEMPO

A centro-direita venceu, de maneira apertada, a eleição legislativa de Portugal no domingo. Com 99,01% das urnas apuradas, a Aliança Democrática (AD) conseguiu 79 cadeiras na Assembleia da República, ficando com 29,49% dos votos. A AD é formada pelas siglas: Partido Social Democrata (PPD/PSD), Partido Popular (CDS-PP) e o Partido Popular Monárquico (PPM). Foi contabilizada na distribuição de cadeiras a coligação apenas do PSD-CDS na Ilha da Madeira, que saiu vencedora, para a Aliança Democrática.

O Partido Socialista (PS) fez 77 cadeiras, representando 28,66%. O Chega, de extrema-direita, ficou com 48 mandatos, conseguindo 18,06% dos votos. Já foram confirmadas 226 parlamentares, faltando quatro cargos que serão decididos com o voto de pessoas que estão fora do país. O líder da Aliança Democrática, Luis Montenegro, reiterou que não trabalharia com o Chega ao reivindicar a vitória na madrugada de segunda-feira, embora outros no seu partido tenham sido mais ambíguos.

Os resultados prepararam o terreno para negociações difíceis nos próximos dias e semanas e, potencialmente, para novas eleições num futuro não muito distante. Durante décadas, o Partido Socialista e o Partido Social Democrata (PSD) de centro-direita – o principal partido da Aliança Democrática – revezaram-se no poder.

Mas ambos os partidos não conseguiram garantir uma maioria parlamentar absoluta na votação de domingo, convocada depois de o primeiro-ministro António Costa ter renunciado em novembro, na sequência de uma investigação de corrupção sobre a forma como o governo lidou com grandes projetos de investimento. Ele não foi acusado de nenhum crime. Um parlamento suspenso transforma o Chega num potencial “fazedor de reis”, onde o partido poderá fazer parte de um governo de coligação para quebrar o impasse político.


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