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Homem ateia fogo em si mesmo em frente ao tribunal de julgamento de Donald Trump

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Um homem ateou fogo em si mesmo em frente ao tribunal onde o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, está sendo julgado pelo caso da atriz pornô nesta sexta-feira (19). Segundo o jornal americano “New York Times”, o homem estava no Collect Pond Park, em Nova York, em frente ao tribunal, em uma área destinada a apoiadores de Trump quando jogou líquido inflamável em seu corpo e ateou fogo. As pessoas que estavam em volta saíram correndo gritando.

O Corpo de Bombeiros de Nova York informou que o homem está em estado crítico e foi transportado para o Centro Médico Presbiteriano New-York/Weill Cornell. Uma testemunha no local disse à Reuters que primeiro ouviu o homem jogando panfletos para cima e, em seguida, viu ele se molhar com o líquido de uma lata.

Policiais e socorristas no local onde homem ateou fogo em si mesmo, em frente ao tribunal onde Donald Trump está sendo julgado, em 19 de abril de 2024. — Foto: Brendan McDermid/Reuters

“Nesse momento, pensei, ‘Ai droga, o que vou ver?'” relatou. Segundo a testemunha ouvida pela Reuters, o homem ficou alguns minutos queimando. Ainda não se sabe por que o homem ateou fogo em si mesmo. O caso ocorreu logo após o término da seleção do júri para o julgamento de Trump, que abriu caminho para promotores e advogados de defesa fazerem suas declarações iniciais na próxima semana. O júri é composto por duas pessoas.

Donald Trump está sendo julgado por omitir pagamentos feitos à atriz pornô Stormy Daniels no auge de sua campanha presidencial de 2016. Na época, ele descreveu o dinheiro como gastos de campanha. Trump é o primeiro ex-presidente da história dos EUA a ser julgado criminalmente. Apoiadores do ex-presidente têm se manifestado na frente do tribunal desde segunda-feira (15), primeiro dia do julgamento, com a quantidade de pessoas diminuindo ao longo dos dias. O tribunal fica no centro de Manhattan e está fortemente guardado pela polícia.

O porta-voz do tribunal Al Baker disse que o cronograma do julgamento de Trump não será afetado pelo incidente. Baker afirmou ainda que um oficial do tribunal precisou ser levado ao hospital após inalar fumaça. Além disso, Baker disse que o juiz Juan Merchan, que está à frente do julgamento de Trump, expressou preocupação com o indivíduo que ateou fogo em si mesmo. “Todo o tribunal é impactado por isso”, afirmou Merchan.

Entenda a acusação contra Trump

Segundo a acusação, o republicano pagou US$ 130 mil (R$ 660 mil na cotação atual) na reta final da campanha presidencial de 2016 à ex-atriz pornô Stormy Daniels para que ela se mantivesse em silêncio sobre uma relação sexual extraconjugal que os dois tiveram em 2006 (Trump sempre negou que tenha tido um caso com Stormy Daniels). Essas ações em si não são crimes, mas a promotoria afirma que Trump maquiou esse pagamento como se fosse um desembolso ao seu advogado. Ou seja, o ex-presidente está sendo julgado por esconder esse valor nos registros fiscais.

A promotoria afirma que esse dinheiro, na verdade, era uma despesa de campanha, já que o propósito final do pagamento era impedir que uma informação que pudesse atrapalhá-lo na reta final nas eleições de 2016. Portanto, para a acusação, Trump escondeu um gasto de campanha e deve ser julgado também por isso. Quem fez o pagamento foi Michael Cohen, então advogado pessoal de Trump —e hoje adversário dele. Como havia um grupo de pessoas envolvidas no esquema, também há acusação de conspiração. Foi “uma conspiração para fraudar a eleição presidencial e mentir em documentos comerciais para encobri-la”, segundo o promotor distrital de Manhattan, Alvin Bragg. Em Nova York, os promotores são eleitos para o cargo; ele é do Partido Democrata, adversário de Trump. A defesa afirma que Trump fez os pagamentos porque estava sendo extorquido. A acusação, no entanto, diz que essa era uma prática recorrente de Trump, já que ele usou esse mesmo esquema outras duas vezes —para pagar um porteiro e uma outra mulher com quem ele teria tido uma relação. Para os promotores, os eleitores americanos foram enganados quando venceu as eleições presidenciais de 2016 contra Hillary Clinton.


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