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Estados Unidos acentuam campanha para reduzir imigração ilegal

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O governo dos Estados Unidos se comprometeu na segunda-feira a manter e acentuar a campanha para reduzir a imigração ilegal em sua fronteira sul e destacou que a detenção de menores não acompanhados foi reduzida pela metade entre junho e julho. A crise humanitária desencadeada pela chegada em massa de crianças desacompanhadas aos EUA resultou em uma reunião de emergência na segunda entre o presidente Barack Obama e o Conselho de Segurança, informou o porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, em comunicado.

A reunião contou com mais de vinte funcionários do alto escalão e assessores do governo, entre eles, o secretário de Defesa, Chuck Hagel, o secretário de Segurança Nacional, Jeh Johnson, a representante dos EUA na ONU, Samantha Power, o chefe do Estado-Maior Conjunto, Martin Dempsey e os assessores presidenciais Valerie Jarrett e John Podesta.

A Casa Branca lembrou que o encontro coincide com a redução para “quase a metade” das detenções de menores não acompanhados entre julho e junho, segundo dados preliminares. Earnest disse durante sua entrevista coletiva que, segundo os dados oficiais, a apreensão de imigrantes caiu, em média, para cerca de 150 por dia. “Essa importante queda foi um dos principais destaques da reunião e o Conselho se comprometeu a continuar com seus esforços em ambos os lados da fronteira para dissuadir a imigração ilegal”, informou a Casa Branca.

O Executivo esclareceu que “a cooperação com os líderes centro-americanos e o cuidado adequado para os detidos na fronteira”, fazem parte dessa estratégia de dissuasão. Os participantes da reunião de segunda trataram também da necessidade de se abordar “os problemas que dão origem à migração e sobre a necessidade de conseguir garantir os fundos adicionais”‘ de 3,7 bilhões de dólares (8,1 bilhões de reais) solicitados pelo presidente ao Congresso para enfrentar a crise.

A chegada de menores à fronteira superou os 57.000 nos últimos dez meses e estima-se que poderia atingir a cifra de 100.000 crianças no final do ano. A reunião coincidiu com o anúncio do governador do Texas, Rick Perry, que vai enviar mil soldados da Guarda Nacional para a fronteira a fim de reduzir a chegada ilegal de menores, um tema que não foi comentado no comunicado da Casa Branca.

Desde o início de julho, EUA mantêm uma campanha nos meios de comunicação internacionais para alertar as famílias da América Central sobre os riscos da imigração ilegal, especialmente por crianças desacompanhadas. As campanhas estão sendo veiculadas principalmente em Honduras, Guatemala e El Salvador e trazem essencialmente duas mensagens: viajar ilegalmente para os EUA é extremamente perigoso e os imigrantes que fizerem isso não serão autorizados a ficar no território.

Um dos vídeos mostra uma criança correndo desolada no deserto em direção ao horizonte. Um locutor diz em espanhol: “Eu pensei que seria fácil para o meu filho obter documentos nos Estados Unidos, mas eu estava errado”. Em outra inserção, um adolescente se prepara para ir para os EUA e sua mãe implora para que ele fique. Apesar de a mãe alertar sobre os perigos da travessia feita por gangues, o garoto decide arriscar mesmo assim. Logo depois, aparece uma imagem do menino morto no chão do deserto. A narração diz que não se deve acreditar que os contrabandistas conseguirão documentos para as crianças.


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