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‘Brasil no lamaçal’: The Economist diz que economia brasileira está ‘uma bagunça’ e chama Dilma Rousseff de ‘fraca’

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O início do segundo mandato da presidente Dilma Rousseff está sendo muito mal avaliado pela imprensa especializada estrangeira. Depois de o Financial Times listar “10 boas razões” para a petista deixar o poder, agora uma reportagem de capa da The Economist enfatiza a “bagunça” que domina a política e economia brasileiras.

A versão latino-americana da revista, que chegou às bancas na quinta-feira (26), traz na capa a manchete “Atoleiro do Brasil”. O editorial destaca que a estagnação do país em 2013 está se transformando em recessão, com altas taxas de inflação e inadimplência e redução no volume de investimentos.

O cenário piora, segundo a The Economist, com “o vasto escândalo de corrupção” na Petrobras, que envolve propina bilionária distribuída entre políticos petistas e dos partidos da base governista.

A revista confronta o cenário atual com o Brasil que Dilma vendeu durante a campanha eleitoral do ano passado:

“Enquanto fazia campanha por um segundo mandato, nas eleições, Dilma Rousseff pintou um retrato cor-de-rosa da sétima maior economia do mundo. Altos índices de emprego, salários crescentes e benefícios sociais que eram ameaçados apenas pelos planos neoliberais nefastos de seus oponentes, como ela dizia. Com apenas dois meses de seu mandato, os brasileiros já perceberam que foram atraídos por falsas promessas.”

Para a The Economist, escapar desse “atoleiro” seria complicado para líderes políticos fortes. “Rousseff, entretanto, é fraca”, dispara, apoiando-se na disputa acirrada entre ela e o senador Aécio Neves, candidato a presidente pelo PSDB, e na queda da popularidade da presidente neste começo de ano, medida pelo Datafolha.

Essa “fragilidade política” ficou ainda mais escancarada com a derrota de Dilma na disputa pela presidência da Câmara dos Deputados. Eduardo Cunha (PMDB-RJ) bateu com folga Arlindo Chinaglia (PT-SP) e “vai perseguir a agenda dele, não dela”, sublinha a revista. “Não será a primeira vez que o Brasil poderá viver um período de governo semi-parlamentarista.”

Esse é o maior teste do Brasil desde o início dos anos 90, de acordo com a The Economist. “Ela [Dilma] precisa levar o País para uma direção inteiramente nova.”

Uma nova onda de protestos contra a corrupção e a má qualidade de serviços públicos, como em 2013, pode custar o mandato de Dilma, alerta a revista.

A revista vê com simpatia o nome do ministro da Fazenda, Joaquim Levy e seus esforços de ajuste fiscal e de aproximação com mercado e investidores:

“Agora, ele [Levy] é indispensável. Ele deveria construir pontes com [Eduardo] Cunha, deixando claro que se o Congresso Nacional tentar precificar apoio político, isso levará a cortes em outros lugares do Orçamento. A recuperação da responsabilidade fiscal deve ser permanente para a confiança dos negócios e o retorno dos investimentos. Quanto mais cedo o ajuste fiscal estiver valendo, mais cedo o Banco Central poderá iniciar o corte na taxa de juros.”


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