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Francisco Sampa: Sejamos menos corruptos por um Brasil melhor

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francisco_sampaEste é o anseio de mais de 200 milhões de almas que moram dentro ou fora das fronteiras do gigante da América do Sul, mas a pergunta que não cala dentro de mim é: “O que eu fiz, o que todos nós fizemos em prol de um Brasil melhor, um país justo,  com equilíbrio social, uma divisão de renda equilibrada, uma justiça cega e imparcial, onde todos seremos iguais de fato e de direito, não  apenas  em folhas brancas  ou amareladas  pelo tempo onde diz que todos somos iguais diante das  leis e da Constituição? O que fizemos por essa coitada que vive sendo mudada, pior do que pobre quando não paga o aluguel e vive de um canto para outro”?

A maioria de nós alardeamos aos quatro cantos: “Eu tenho os meus direitos, eu conheço os meus direitos”. É justo lutar por algo conquistado, mas afinal você conquistou esse direito que tanto grita por ele???  Ou foi um direito que te deram de bandeja como um “Cala boca Zé Povinho”?  Será que nós cumprimos com os nossos deveres? A via é de mão dupla. Para se reivindicar um direito, temos de cumprir com um ou vários deveres. É coisa que nem sempre fazemos. Será que se cumpre com o dever quando damos um cafezinho para o guarda para não ser multado, compramos um CD ou DVD pirata, baixamos um programa pirata para não pagar o preço de um original, cumprimos o dever quando só fazemos as coisas obrigados por leis, como votar por exemplo?

Apenas alguns exemplos neste universo de tantas coisas que fazemos ou deixamos de cumprir. Apenas para nos livrarmos de encargos de toda a ordem é fácil reclamar, brigar, espernear, quando seria tão fácil reivindicar, mas para isso é preciso estar com os deveres e obrigações em dia e como sempre nunca estamos, tentamos resolver no grito, na base do “eu tenho os meus direitos”. Pois bem gente brasilis, rapadura é doce, mas não é mole, mesmo assim, ela derrete e quando isso acontece, a coisa fica uma meleca daquelas.

Assim é a situação de quem não cumpre com seus os deveres, mas abre a bocarra para dizer que tem os seus direitos, enquanto que a grande maioria não se conscientiza dessa regra básica dos dois “dês”: deveres e direitos. Pode ser que este dia chegue para todos e quando isso ocorrer, com certeza teremos um país menos injusto, um povo menos explorado, onde

o bicho que se acha maior quer engolir o menor, onde se gasta mais  grana para se cuidar de um cão e não se paga um salário justo ao ser  humano que luta pelo pão honesto de cada dia, onde é bonito andar com uma roupa pirata de uma grife famosa, ao invés de um original  simples,  e mais, paga pelo que não é para se aparecer como não se é.

E assim vamos caminhando e falta muito para se construir este país, mas ele existe e está tão perto, pois vive dentro de todos nós brasileiros, quando assumirmos nossos defeitos e tentarmos melhorar o fantasma da submissão, da síndrome de vira-lata, estejam certos, seremos um povo rico, altaneiro, não apenas como nos versos de Caymmi, mas realistas e cientes de nossas qualidades e deveres e dos direitos com justiça e igualdade, aí seremos bem vistos aos olhos dos homens e de Deus. A todos uma boa semana. Das margens do Atlântico, à sombra do jenipapeiro, um cordial sampraço.


Social Press . 27/10/2016

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