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Francisco Sampa: Brasil, lei cega, faca amolada, justiça caolha

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francisco_sampampaJá passaram 31 anos desde os meados do ano de 1982, ano em que um italiano bambino de nome Paolo Rossi, com o número 20 às costas fez a nação brasileira chorar naquela tarde de segunda-feira, 5 de julho. Víamos ao vivo em cores, via satélite, o desastre do Sarriá em terras del rey de Espanha. Seis meses antes, pela primeira vez na vida, a FIG – Faculdades Integradas de Guarulhos recebia um novo aluno, o filho de dona Carmelita, um crioulo nordestino, que como o pai idealista, tinha o sonho de em 4 anos vir a ser um advogado, naquela época eram 4 anos o curso de Ciências Jurídicas.

Pois bem, o tempo passou, o crioulo do passado, afro descendente do presente, negro assumido, segue idealista, de olho nas coisas do nosso Brasil, um país cheio de leis cegas, muitas facas amoladas, armas e de uma municiadas justiça caolha, que só olha para um lado, o lado onde estão os pobres, os negros e as putas, (as pobres), pois em Brasília a chefe de várias saiu da delegacia de carro importado, motorista particular e um advogado tão caro quanto a bolsa da grife importada que a senhora usava, visualizem a cena dos meus lábios grossos fazendo com biquinho na pronúncia francesa mes amis brésilien, se voltarmos ao tempo do 1ª Império veremos que D. Pedro I, aquele que pegava todas no Rio lindo de Janeiro, proclamou a Independência e foi posto para correr, este feito após ter feito tudo isso, ele escreveu uma constituição considerada por muitos até hoje uma das mais modernas para época e que poderia ser em parte em nossos dias utilizadas.

Leis são feitas para proteger o cidadão contra os infratores das normas reguladoras da conduta e da moral de forma e cristalina imparcial. Seria bom se fosse essa máxima seguida, obedecida e cumprida, mas no Brasil não passa de um sonho, uma utopia, apenas os pobres, brancos e negros na sua grande maioria e as prostitutas, parte delas é punida na forma da lei. Os demais infratores, ladrões com ou sem terno, (olha o mensalão aí genteeeeeeeeeeeeeeeee), a lei sobre eles tem um olhar caolho, de soslaio e por aí vai. Se um funcionário rouba a grana do dia da padaria, chamam de ladrão, um vossa excelência que faz a mesma coisa com a grana, milhões de reais da saúde, da merenda e dos remédios, chamam-no desviador de fundos e verbas públicas, um belo eufemismo, senhores ambos são ladrõessssssssssssssssssssssssssssssssss, mas o povo não vê desta forma, portanto o que fazer né?

Antigamente pela impossibilidade e pela distância diziam: vão se queixar com o papa, mas agora não, Século 21, com o mundo virtual globalizado e ficou mais fácil reclamar, mas até lá onde fica o papa? Teve desvios de fundos, verbas, dinheiro, capim, faz-me rir e por aí vai. Uns foram e estão feito a música do Falamansa: ah, ah, ah, ah, ah, mas estou rindo à toa.

Pois bem, enquanto uns riem, outros choram, sem casa, sem teto, sem comida, mas os sem vergonha e com muita grana no bolso, nas contas e nas cuecas estão por aí. Como disse Machado de Assis: “O que faz o roubo e a ocasião, o ladrão nasce pronto”. Continua vigente e na vanguarda do povo brasileiro.

Um arrochado sampraço direto da 1ª capital do Ceará para vocês e todo mundo ao redor.


Social Press . 19/12/2013

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