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Vice-presidente americano diz que Obama ainda trabalhará em prol dos imigrantes antes do final do ano

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joe biden

Na segunda-feira (22), o vice-presidente Joe Biden agitou o debate migratório alertando que a administração Obama fará  “muita coisa” unilateralmente, caso o Congresso não faça nada antes do final do ano. Biden fez o comentário enquanto discursava na recepção de homenagem ao Mês da Cultura Hispânica em Washington-DC. Ele disse que a reforma migratória é necessária agora e se o Congresso “não a fizer” antes do final de 2014, “o presidente o fará, mas será feita muita coisa”.

O Presidente Barack Obama havia dito previamente que tomaria qualquer ação unilateral com relação à reforma migratória dentro do que for legalmente possível, depois das eleições primárias de novembro. Uma proposta ampla e bipartidária foi aprovada pelo Senado em 2013, mais foi bloqueada pela liderança republicana na Câmara dos Deputados.

Na edição de 9 de setembro, o jornal The New York Times criticou mais uma promessa não cumprida pelo Presidente Obama com relação à reforma migratória. O diário citou a expressão “a América não pode esperar para sempre” dita pelo dirigente para contrastar com sua decisão de deixar para depois das eleições intermediárias de 4 de novembro para usar o seu poder executivo e realizar mudanças nas leis migratórias atuais. O artigo foi publicado na seção Páginas de Opinião.

“A América não pode esperar para sempre”, disse Obama em junho, quando denunciou a estagnação da reforma migratória no Congresso e declarou que ele em breve agiria sozinho e resolveria o problema. Ele prometeu agir até o final do verão, que tecnicamente acabou no feriado do Labor Day, em 1 de setembro, possivelmente afastando o risco de deportação de inúmeros imigrantes indocumentados, talvez milhões, embora não há como saber quantos mais serão até que um plano seja revelado”, publicou o jornal.

Essa revelação terá que esperar. No sábado (6), Obama anunciou que a sua decisão adiada há muito tempo seria suspensa novamente. “Eu quero dedicar algum tempo, mesmo que estejamos preparando nossas ferramentas para a ação executiva, eu também quero garantir que o público entenda porque estamos fazendo isso, porque é a coisa certa para o povo americano, porque essa é a coisa certa para a economia americana”, disse ele a um repórter de TV na segunda-feira (8).

O motivo verdadeiro são as eleições intermediárias de novembro que se aproximam e o presidente acredita que o assunto seja politicamente controverso demais. O dirigente ouviu estrategistas políticos que não quiseram pôr em risco o controle democrata do Senado. Enquanto os imigrantes, suas famílias e ativistas vêm lutando por uma reforma e sofrendo decepções há anos, eles mais uma vez foram considerados “politicamente” dispensáveis. Uma emergência política colidiu com uma emergência humana; e a humana perdeu, escreveu o The Times.

Vários republicanos miraram na contradição: o presidente diz que quer fazer algo que seja vitalmente importante, mas somente se seu partido não tenha que pagar o preço em novembro. É tão urgente que ele tem que se desviar do Congresso para fazê-lo, entretanto, não tão urgente que não possa esperar mais outro mês ou dois. Obama repetidamente utilizou o argumento da urgência moral em ajustar o sistema migratório agora, estabeleceu prazos e os não cumpriu. Agora, os auxiliares de Obama estão dizendo que definitivamente até o ano novo ele cumprirá sua promessa. Dessa vez ele fala sério, ironizou o jornal.

Aqui está o que Obama disse em junho sobre os custos por não agir na imigração. “Isso significa menos recursos para fortalecerem as nossas fronteiras. Isso significa mais companhias livres para driblar o sistema e contratarem trabalhadores indocumentados, que prejudicam as empresas que seguem as leis e diminuem os salários dos trabalhadores americanos honestos. Isso significa a perda do talento e dos mais inteligentes de todos os lugares do mundo que vêm para estudar aqui e são forçados a irem embora para competir com nossas empresas e trabalhadores. Isso significa oportunidade zero para 11 milhões de imigrantes saírem das sombras e conquistarem a cidadania, se pagarem multas, terem a ficha policial verificada, pagarem impostos, aprenderem inglês e forem para o final da fila. Isso significa a dor profunda de destroçar famílias”.

Na ocasião, tudo isso era verdade e permanecerá assim enquanto Obama e o Congresso falharem em preencher o vão entre oratória e coragem e a administração atual continue separando famílias e deportando pessoas. Talvez 60 mil mais irão embora até o dia das eleições, concluiu o jornal.


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