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Prisão de Marcelo Odebrecht na Lava Jato assusta Lula e governo federal, dizem revistas e jornais

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As prisões dos presidentes das construtoras Norberto Odebrecht e Andrade Gutierrez, Marcelo Odebrecht e Otávio Azevedo, respectivamente, são tratadas como as mais relevantes desde o início da Operação Lava Jato. A 14ª fase dos trabalhos da Polícia Federal segue traçando um caminho que, com as detenções dos executivos e outras 10 pessoas na sexta-feira (19), vai em direção a figuras da política brasileira.

“Se prenderem o Marcelo (Odebrecht), terão de arrumar mais três celas: uma para mim, outra para o Lula e outra ainda para a Dilma (Rousseff)”, teria dito Emilio Odebrecht, filho do fundador Norberto e pai de Marcelo, segundo publicou a revista Época neste sábado (20). A publicação sugere que o presidente da empreiteira teria avisado ao Palácio do Planalto que “não cairia sozinho”.

O tom adotado pela Época é semelhante ao da revista Veja, que afirma que os presos nesta 14ª fase da Lava Jato podem ajudar a esclarecer quem comandava o braço político do esquema de corrupção na Petrobras, que sofreu desvios da ordem de R$ 6 bilhões em propinas, pagas por empreiteiras em troca de contratos com a estatal. A publicação diz ainda que a detenção de Marcelo Odebrecht deixa a PF “a um passo deLula”.

O ex-presidente já teria demonstrado preocupação, segundo aliados. De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, Lula teria dito a pessoas próximas que “será o próximo alvo” da Lava Jato. O petista estaria preocupado por não ter mais foro privilegiado, o que o torna um alvo fácil para ser chamado para depor. Além do Instituto Lula, a fundação do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) também já recebeu doações de Odebrecht, que tem ligações fortes com os principais partidos políticos do País.

“Dilma está no volume morto, o PT está abaixo do volume morto, e eu estou no volume morto. Todos estão numa situação muito ruim. E olha que o PT ainda é o melhor partido. Estamos perdendo para nós mesmos”, afirmou Lula, em encontro com padres e dirigentes de entidades religiosas no auditório do seu instituto, no bairro Ipiranga, em São Paulo, segundo publicou o jornal O Globo. O ex-presidente teria demonstrado ainda preocupação com a alta rejeição ao partido em cidades do ABC paulista, que já foram importantes polos petistas.

Segundo a jornalista Mônica Bergamo, da Folha, um dos advogados de Marcelo Odebrecht já teria adiantado que é “zero” a chance do empresário firmar um acordo de delação premiada. Todavia, o executivo não vinha escondendo a insatisfação com os rumos das investigações, que estariam voltadas somente às empreiteiras, colocando o governo federal como vítima, disse à jornalista um interlocutor.

Enquanto isso, em Curitiba, os 12 presos na 14ª fase da Lava Jato fizeram exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML) na manhã deste sábado. Todos seguem presos na Superintendência da Polícia Federal na capital paranaense – sede das investigações. Os presos foram levados em uma van por policiais federais ao IML, retornando em seguida para a carceragem.

O delegado da PF Igor Romário de Paula informou que a previsão é que os depoimentos dos quatro presos temporários – dois deles ligados à Odebrecht e dois ligados à Andrade Gutierrez – devem começar a ser tomados ainda neste sábado. De acordo com o G1, a defesa de Otávio Azevedo já entrou com um pedido de liberdade para o presidente da Andrade Gutierrez.


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