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Os movimentos de Dilma para conter crise política e evitar impeachment

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Os dez meses de crise do segundo mandato da presidente Dilma Rousseff, marcados pelas últimas quatro derrotas em dois dias, fez o governo lançar mão de novas estratégias para unificar a base de aliados e barrar a tramitação do impeachment.

Com o fracasso da reforma ministerial, anunciada na segunda-feira, o Planalto estendeu as negociações de distribuição de cargos por mais três dias. Os aliados, principalmente os que não se sentiram contemplados com a reforma, pressionaram o governo por mais espaço com o esvaziamento da sessão de apreciação dos vetos presidenciais.

A expectativa é que, agora, os ministros e integrantes do segundo escalão cobrem de seus correligionários apoio ao governo nas votações. Em entrevista coletiva na quinta-feira (8), o ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, disse considerar que só agora a reforma foi concluída.

O ministro também pediu atenção aos passos da oposição. O temor do governo é que com a reprovação das contas pelo TCU (Tribunal de Contas da União) e a abertura do processo de impugnação da chapa de Dilma e de seu vice Michel Temer pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral), o impeachment avance no Congresso.

Além de atuar junto a base, o governo mudou a estratégia com relação ao presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Um dos primeiros movimentos de Jaques Wagner na Casa Civil foi se encontrar com o peemedebista para tentar uma reaproximação. É Cunha quem decide sobre o encaminhamento dos pedidos de impedimento da presidente. Diferente da relação que tinha com o ex-ministro da Casa Civil Aloizio Mercadante, Cunha sinalizou estar aberto para o diálogo com Wagner.


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