Esta frase tem mais de 60 anos. Ela foi a manchete de capa do jornal Tribuna da Imprensa do Rio de Janeiro nos anos 50, edição do dia 2 de agosto de 1954, escrita pelo jornalista Carlos Lacerda. E segue, por mais triste que seja, na vanguarda do povo brasileiro, para tristeza e lamento de todos nós. Toda a nação da República Federativa do Brasil tem noção de quanto ganha um funcionário público nas três esferas? Portanto uma pergunta que não quer calar: como pode parte dessa massa ficar milionária e em muitos casos bilionários com salários públicos?
É triste as notícias de corrupção e roubalheira por parte de políticos e funcionários públicos brasileiros, cada um rouba o que está ao alcance dos olhos, das mãos, da oportunidade e da necessidade momentânea, ou seja, no Brasil existe uma parcela da sociedade que ao menor descuido passa o rodo e leva tudo o que vê e encontra diante de si. As ondas de manifestações que aconteceram por todo o Brasil deixam escancaradas essa faceta de parte do nosso povo, como o caso do laboratório da cidade de São Roque em São Paulo, deixou bem claro esse lado larápio de alguns “manifestantes”. Salvar os cães tudo ok, tudo bem, mas roubar computadores e monitores, tecnicamente e juridicamente foi um furto – Artigo 155 do Código Penal Brasileiro. Nada justifica que para salvar você tenha que destruir e roubar as coisas, sejam elas públicas ou privadas. Quanto ao título desta crônica, manchete de jornal há seis décadas, me questiono até onde o mesmo é justo e faz jus às coisas do nosso povo, pois como temos ciência, todo mundo quer tirar uma casquinha de tudo e de todos. Políticos, povo, patrões, cada qual com sua desculpa esfarrapada para se dar bem com pouco trabalho e muito lucro.
Afinal, com tantas festas e feriados, haja grana para charlar, curtir de bacana, com grana farta e fácil. Reclamamos das verbas que somem antes de chegarem ao destino para o qual foi liberada, mas o funcionário público ou privado que usa o carro e combustível da empresa, ou da prefeitura não vê nada de errado em fazer uso do que não lhe pertence.
É a lei da vantagem, todos querem se dar bem em todas as esferas e de todas as formas, afinal farinha pouca, meu pirão primeiro. É assim que muitos pensam e agem. Mas cadê a grana do povo brasileiro? Nossa grana, melhor que cadeia tomar tudo dessa corja de ladrões, criminosos, sim senhores, piores que ladrões à mão armada, de nossas cidades brasileiras. Quando os caras pintadas saíram às ruas e tiraram o caçador de marajás do poder disseram: a corrupção acabará. Só não disseram quando, décadas depois a novela segue. E nós, os zé-povinhos, aqui estamos, “honestos” cercados por ladrões com e sem gravatas. Data vênia, vossas excelências me dão asco. Se gritar pega ladrão não fica um meu irmão. Tenham todos uma boa semana e uma saborosa pizzicato à italiana. Ciao brasilianos, afinal com os políticos que temos para que tufão e terremoto não é mesmo? Rs rs rs eles, os vossas larápios excelências causam estrago maior e dão muito mais prejuízos do que as intempéries da natureza. Agora em época de lava a jato, os escândalos um a cada minuto. Ou o povo cria vergonha na cara e faz valer o peso do voto ou todos teremos um triste e negro futuro… O QUE SOBRARÁ DO BRASIL E DO NOSSO POVO APÓS A LAVA A JATO?
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