Fui criado trabalhando desde os primórdios dos anos 60, em pleno regime militar que a esquerda caviar insiste em chamar de golpe. Filho de um idealista comunista, seguidor de Francisco Julião, Miguel Arraes e suas ligas camponesas, posso lhes garantir que fui vítima do comunismo e não do regime implantado em 31 de março de 1964. Foi nesse ano, às 8 horas da noite que o velho comunista José Francisco da Silva, o senhor meu pai partiu desta fase material que chamamos de vida. E foi nesse mesmo ano, a 5 de julho, que a visionária com alma de cangaceira, Dona Carmelita me arrumou o primeiro emprego. Que diabo, eu com 7 anos e 34 dias de nascido já ia para a rua lutar pelo pão de cada dia. Sem lenço, sem documento e sem noção, o negrinho pernambucano lá se foi pelas ruas de Beberibe, bairro da minha saudosa Recife em busca de um trabalho, sendo o primeiro deles ajudar a limpar uma oficina de carros Citroens, aqueles carros pretos que a porta dianteira abre para frente. Assim lá se vão 52 anos de pé na estrada, comendo poeira, ouvindo, falando, dizendo e escrevendo besteiras. Não existiam cotas e nem programas sociais. Existia a necessidade, a fome de alimento e do saber, saber que saciei nos bancos do Instituto Santo Amaro, escola que funciona até os dias de hoje e eu, mais um José da Silva, de uniforme cáqui e garboso, o filho da lavadeira, estudava em uma escola particular, não tinha cotas, as cotas eram as trouxas de roupas lavadas às margens do Rio Beberibe e engomadas com ferro pesado, aquecido a carvão. Lembram-se deles? Pois é, assim era. Os anos se passaram, cheguei às terras paulistas em 1967, presenciei as mudanças da época. Amante da leitura e dos filmes de faroeste foi a primeira vez que vi um sujeito que um dia viria a se tornar o 40º Presidente dos Estados Unidos, Ronald Wilson Reagan, ou simplesmente Ronald Reagan, o meu herói da telona era o presidente do país que adotei ou fui adotado nos anos 80, com seu jeito de cowboy, sacadas e frases de efeito com veemência, governou os EUA e nos deixou algumas frases que uso neste texto, pois as mesmas se aplicam à realidade brasileira nocauteada por uma esquerda utópica e ditatorial. Estamos outra vez no Brasil passando por uma crise, nos últimos 13 anos tentaram enfiar-nos goela abaixo algo que não faz parte da nossa índole e essa frase do Reagan se encaixa bem: “Os comunistas são as pessoas que leram Marx e Engels, os anticomunistas são os que entenderam”. Desde a fracassada tentativa de Luís Carlos desastrado Prestes, no ano de 1935, no forte de Copacabana, no Rio de Janeiro, eles veem tentando se apoderar das coisas e do povo brasileiro, mudam o nome e a cara, mas têm sempre uma estrela e a cor vermelha, não a da vergonha, mas a do sangue de inocentes. Este regime matou em todo o mundo mais de 100 milhões de pessoas e seus seguidores falam em democracia… Onde o comunismo prosperou e deu certo, alguém sabe? Conheço alguns comunistas e alguns países onde, com o nome de Revolução Bolivariana, ele se instalou. Cito El Salvador, Equador e Venezuela, uma desgraça total que presenciei ao vivo e a cores: desordem, violência, fome e miséria, os venezuelanos estão “maduros” de saberem isso. Pois bem, eles tentaram de novo e continuarão tentando, cabe a nós brasileiros, não acéfalos enxotá-los para fora de nossas vidas e do nosso país, que se mudem para a Cuba que os pariu. Encerro com outra frase de Reagan baseado no atual quadro das finanças brasileiras após 13 anos de cumpanheirada: “Quando uma pessoa ou empresa gasta mais do que arrecada, vai à falência. Quando um governo gasta mais do que arrecada, ele te manda a conta”. E a conta já chegou, agora é dar um jeito de quitar esta fatura. Portanto, direita volver, vamos trabalhar e mãos à obra.
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