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Mãe de brasileira com Síndrome de Down luta por matrícula em escola comum para a filha na Suíça

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Assim como outras adolescentes, quer trabalhar com o que gosta e ser independente. A família acredita nesse objetivo, mas teve que lutar muito para garantir acesso e oportunidade na Suíça, que tem uma das sociedades mais avançadas da Europa.

No Brasil, frequentava uma escola convencional. Estava enturmada com os colegas, incluída no sistema educacional, sem distinções. Mas ao se mudar do Rio de Janeiro para o Cantão de Vaud, a família foi confrontada com a visão de que crianças com Down deveriam ser colocadas em escolas para crianças especiais.

No dia internacional que marca a conscientização da síndrome de Down (21 de março), muitos ainda enfrentam preconceito, mesmo nas sociedades mais avançadas, e precisam lutar para ter seus direitos garantidos.

Até conseguir a inserção de Letícia em uma escola comum na Suíça, a família Nogueira percorreu um caminho de altos e baixos, passando por diversas reuniões, negociações e testes.

“O primeiro problema é que o Cantão só é responsável pela educação da criança até os 15 anos. Depois dessa idade, é com o governo nacional. Eles ficavam nesse jogo de empurra, desculpando-se para não dar vaga para ela”, explica a mãe, descrevendo o período de incerteza que viveu de julho a novembro de 2016.

“Quando explicava que ela estava em uma escola normal no Brasil os avaliadores do governo ficavam incrédulos”.

Após ouvir a negativa de diversas instituições particulares e públicas, Denise convenceu uma oficial do Departamento de Educação Especial em Lausanne, capital do Cantão de Vaud, a levar o caso a seus superiores.

“Essa inspetora, a Sra. Bertrand, foi a pessoa chave que nos ajudou”.

Graças à profissional, o caso de Letícia foi levado a uma banca para decidir seu futuro.

Agora, uma profissional bilíngue em português e francês – paga pelo Cantão – acompanha a jovem durante as aulas de conclusão do ensino fundamental, em uma escola pública normal na cidade de Nyon.

De acordo com dados de 2012 da Organização Mundial da Saúde, a taxa de nascimentos de bebês com Down na Suíça foi de 185 para cada 100 mil nascimentos naquele ano. O índice é bastante superior ao de países vizinhos, como a Áustria, que só registrou oito casos de Down, a Itália, com 22 casos, e a Alemanha, com 44.


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