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“Agenda lotada”: Papa envia carta a Temer e se recusa a visitar o Brasil

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O Papa Francisco foi convidado pelo governo de Michel Temer, no final do ano passado, para visitar o País em 2017, quando se completam 300 anos da aparição de Nossa Senhora Aparecida. Mas, em uma carta enviada na terça-feira (18), o líder católico afirmou que não virá ao Brasil, e ainda cobra o presidente para cuidar “da população carente”.

Em um trecho divulgado da correspondência, Francisco pede para que Temer evite tomar medidas que possam agravar a situação dos pobres. “Sei bem que a crise que o País enfrenta não é de simples solução, uma vez que tem raízes sócio-político-econômicas, e não corresponde à Igreja nem ao Papa dar uma receita concreta para resolver algo tão complexo”, escreveu o Pontífice, segundo trecho publicado pelo jornalista Gerson Camarotti, da “Globo News”.

Contudo, o líder religioso ainda acrescenta que “não pode deixar de pensar em tantas pessoas, sobretudo os mais pobres, que muitas vezes se veem completamente abandonados e costumar ser aqueles que pagam o preço mais amargo e dilacerante de algumas soluções fáceis e superficiais para crises que vão muito além da esfera meramente financeira”.

Na carta, ele ainda escreve que “não se pode confiar nas forças cegas e na mão invisível do mercado”, citando a exortação apostólica “A Alegria do Evangelho”. A mensagem acontece em um momento em que o governo tenta aprovar reformas econômicas para garantir a confiança dos investidores.

Agenda cheia

Sobre o convite oficial realizado pelo governo de Michel Temer, Francisco afirma que não poderá aceitá-lo por causa de sua agenda intensa. Assim, afirma que não pretende visitar o País neste ano de 2017. Ainda segundo as informações divulgadas, o Pontífice afirmou que está rezando pelo Brasil e que “acompanha com atenção” os acontecimentos na maior nação da América Latina.

Em setembro passado, na inauguração de uma imagem de Nossa Senhora Aparecida no Vaticano, o Pontífice já havia dito que o Brasil passava por um “momento triste”. Um mês antes, Francisco enviara uma carta não oficial em apoio a Dilma Rousseff, que na época ainda não tinha sofrido o impeachment. Contudo, o Papa sempre evitou se posicionar publicamente sobre a crise política enfrentada pelo País e que culminou na derrubada da presidente petista.


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