“Estava tudo preparado”, diz Abdullahi Mohamed em alusão à festa de formatura de sua filha, Maryam Abdullahi, uma jovem estudante de Medicina da Somália.
A cerimônia estava marcada para o domingo, 15 de outubro, e o pai, que mora no Reino Unido, viajava ao país especialmente para isso. Prestes a embarcar, descobriu que sua filha era uma das 300 vítimas do ataque extremista ocorrido na capital do país, Mogadíscio, um dia antes da formatura.
“Estava no aeroporto prestes a embarcar quando recebi a notícia de que ela havia morrido”. Ele acabou comparecendo ao funeral da filha. Maryam Abduallahi, 25, estava se preparando para sua formatura em Medicina na Universidade Benadir. A irmã de Maryam, Anfa’a Abdullahi Mohamed, disse ao serviço que tentou falar com ela depois da explosão.
“Liguei para o número dela e um jovem atendeu e disse ‘sua irmã está morta e seu corpo está no Hotel Safari. Que Alá tenha piedade de você'”, contou. Além de Maryam, há várias pessoas desaparecidas e as autoridades do país estão enfrentando dificuldades para identificar os mortos, devido à força da explosão. Entre as vítimas, estão 15 crianças que viajavam em um ônibus escolar quando o caminhão-bomba explodiu.
Um caminhão cheio de explosivos foi detonado destruindo hotéis, prédios de governos e restaurantes em uma área movimentada da capital somali, matando pelo menos 300 pessoas e deixando outras centenas feridas. No país, o atentado foi descrito como o “11 de setembro da Somália”, em referência ao ataque contra as Torres Gêmeas nos EUA.
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