Não é de hoje que as entidades relacionadas à saúde alertam que o consumo de álcool pode aumentar as chances de câncer. Recentemente, essa afirmação foi comprovada pela Sociedade Americana de Oncologia Clínica.
A entidade afirmou que o consumo de substâncias alcoólicas, seja leve, moderado ou pesado, está associado ao aumento de chances de desenvolver vários tipos de câncer, incluindo os da mama, do cólon, do esôfago e da cabeça e pescoço, conforme foi informado.
Em um comunicado, identificando o álcool como um fator de risco definitivo para o câncer, a equipe cita entre 5-6% dos novos cânceres e as mortes por câncer globalmente como diretamente atribuíveis ao álcool. O que é particularmente preocupante, já que 70% dos americanos, por exemplo, não reconhecem o consumo dessa substância como um perigo para o câncer, de acordo com o National Cancer Opinion Survey.
Além de aumentar a conscientização sobre o vínculo estabelecido entre o álcool e o câncer – e, portanto, a oportunidade de reduzir o risco de câncer, limitando a quantidade de álcool consumida – a afirmação, publicada no Journal of Clinical Oncology, também oferece algumas recomendações de políticas baseadas em evidências para reduzir o consumo excessivo de álcool no país:
· Fornecer exames de álcool e intervenções breves em contextos clínicos
· Regular a densidade da saída do álcool
· Aumentar os impostos e os preços do álcool
· Manter limites nos dias e horas de venda
· Melhorar a aplicação das leis que proíbem as vendas aos menores de idade
· Restringir a exposição dos jovens à publicidade de bebidas alcoólicas
· Resistir à privatização das vendas de álcool no varejo em comunidades com controle governamental atual
· Incluir estratégias de controle de álcool em planos abrangentes de controle de câncer
Nesta semana, a revista científica “Nature” publicou um estudo que realizou uma análise com detalhes em cobaias como o álcool pode aumentar as chances da doença.
A pesquisa mostrou que o subproduto da bebida alcoólica, o acetaldeído, causa danos irreparáveis no DNA de células-tronco no sangue.
A constatação foi considerada um avanço para os especialistas que até então haviam feito apenas estudos populacionais sem apontar a explicação de como o álcool pode influenciar no risco de câncer.
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