Pessoas que sofrem com dor de cabeça, ansiedade, diversas formas de dor crônica e do transtorno neurológico da síndrome de Tourette poderão contar com um tipo de tratamento à base de maconha no estado de New Jersey.
Na semana passada, o programa de maconha medicinal, que já funcionava na região desde 2010, foi ampliado. O governador Phil Murphy, que assumiu o cargo no início de 2018, se colocou favorável à legalização da droga para fins recreativos.
Além disso, Murphy estendeu a iniciativa para que os pacientes que estão sob tratamento paguem menos para registrarem-se no programa, tenham mais lugares onde comprar a droga e diminuir a burocracia.
Durante a administração do democrata Jon Corzine, há oito anos, aprovou o uso de maconha para fins medicinais para pacientes com câncer, Aids, epilepsia, doença de Crohn, glaucoma e esclerose múltipla.
Em 2012, o Departamento de Saúde de New Jersey liberou – apesar da reprovação do governador republicano Chris Christie – a criação do primeiro centro privado de tratamento para pessoas que fazem o uso da maconha. E, em 2013, crianças passaram a usar em casos de condições graves. Três anos depois, o transtorno de estresse pós-traumático também foi incluído à lista de condições onde a substância é recomendada.
“Os pacientes devem ser tratados como pacientes, não como criminosos. Seremos guiados pela ciência”, disse Murphy em entrevista, na qual também assegurou que não falhará com os pacientes que não receberam o cuidado compassivo que lhes foi prometido há uma década.
Segundo o atual governador, Chris Christie estigmatizou o programa ao dificultar que os pacientes se registrassem e que os cultivadores da erva pudessem operar no estado.
Estudos clínicos apontam que a ocorrência de dependência com o seu uso é improvável. O remédio, ainda assim, será comercializado com tarja preta, sendo necessário apresentar a prescrição médica para realizar a compra.
Comments