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Governo Trump culpa Obama por crianças indocumentadas desaparecidas

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Autoridades do governo Trump, negaram na terça-feira que o atual governo seja responsável pelo suposto desaparecimento de mais de mil imigrantes menores de idade, que foram separados de seus pais quando entraram ilegalmente no país, informou a mídia local.

De acordo com um artigo publicado pelo The New York Times, o governo perdeu a conta de pelo menos 1.475 crianças que foram separadas de suas famílias, quando pediam asilo na fronteira com o México. Em uma teleconferência na terça-feira, vários funcionários do Executivo minimizaram este fato, rejeitando que os menores são “custódia” das autoridades e assegurou que esta situação se deve às “brechas” herdados da administração do ex-presidente Barack Obama (2009-2017).

De acordo com o assessor da Casa Branca, Stephen Miller, essa separação ocorre quando os pais solicitam asilo quando chegam ao país, o que implica que, enquanto o caso está sendo estudado, eles devem entrar em um centro de detenção que não podem levar menores.

Por essa razão, explicou, eles procuram famílias anfitriãs, que em muitos casos são parentes dessas crianças. No entanto, representantes de várias organizações humanitárias denunciaram que não é um ato legal e que é a política do atual governo em relação à imigração e que levou as autoridades de fronteira a separar menores de seus pais. “Nenhuma lei anterior à administração Trump exige a separação da família, como o governo alega (…) Eles estão buscando asilo, o que é um direito, não um vácuo legal”, disse Michelle Brané, diretora do departamento de direitos humanos dos migrantes da Comissão de Refugiados Femininos, em conversa com a imprensa.

Por sua vez, Miller ressaltou que, embora essas crianças não estejam sob a custódia das autoridades, o atual governo busca realizar um monitoramento “voluntário” de sua situação, embora reconheça que em 14% dos casos não foi possível estabelecer contato com as famílias anfitriãs. Tanto Miller quanto outras autoridades consideraram que a principal causa dessa situação é que a legislação atual impede a expulsão “rápida e segura” para aqueles que tentam acessar ilegalmente o país. Em relação ao problema específico dos cerca de 1.500 menores desaparecidos, funcionários do governo explicaram que a Administração está estudando a possibilidade de estabelecer um processo de controle através de impressões digitais das famílias anfitriãs.

A realidade desta medida, denunciou Jennifer Podkul, diretor de políticas públicas da organização Kids in Need of Defesa, é que não só estabelece o controle da família de acolhimento, mas de todos aqueles que residem na habitação, o que pode ser um problema no caso de imigrantes ilegais residirem lá. “Esta medida só aumentará a vulnerabilidade das crianças, porque ninguém vai recebê-las ou elas serão usadas pelas organizações de tráfico que a administram”, alertou Podkul, que disse que, em qualquer caso, os serviços sociais já avaliam a adequação das crianças às casas de acolhimento.


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