Vários democratas que correrão à Casa Branca em 2020, procuram fortalecer sua imagem progressiva com chamadas para que sejam feitas grandes mudanças na imigração e alguns propuseram o desaparecimento imediato da principal agência de aplicação da lei federal da imigração.
O senador Kirsten Gillibrand, de New York, disse que o ICE “tornou-se uma força de deportação”. “Temos que nos livrar dele, começar de novo, redesenhá-lo e construir algo que realmente funcione”, disse Gillibrand. A posição de Gillibrand é semelhante à apresentada pelo senador Kamala Harris, da Califórnia, na semana passada. Em entrevistas com vários meios de comunicação, Harris apontou que o governo “talvez” ou “provavelmente” deveria “começar do zero” em relação a uma agência de imigração.
O senador Bernie Sanders de Vermont, não sugere o desmantelamento do ICE ao contrário de vários de seus colegas. No entanto, ele ressaltou que se opôs à lei de 2002 que abriu o caminho para o ICE substituir o antigo Serviço de Imigração e Naturalização, após os ataques de 11 de Setembro, de 2001. O ICE, parte do Departamento de Segurança Interna, está encarregado de impor centenas de estatutos federais de imigração. A controvérsia sobre o futuro da agência coincide com indignação generalizada nas últimas semanas depois que o governo do presidente Donald Trump separou mais de 2.000 crianças migrantes de seus pais.
As propostas democratas para suprimir a agência destacam o ato de equilíbrio que o partido enfrenta em questões de imigração. Uma postura nesse sentido seria inútil para os 10 senadores democratas que buscam a reeleição em estados que Trump venceu em 2016 e onde pontos de vista conservadores sobre imigração prevalecem. No entanto, a proposta de acabar com o ICE pode ser decisiva para os democratas que procuram atrair bases partidárias nas eleições primárias presidenciais de 2020.
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