Os japoneses querem fazer com que os próximos Jogos Olímpicos e Paralímpicos, que serão realizados daqui a dois anos, em Tóquio, sejam os mais sustentáveis possíveis. Entre as medidas anunciadas estão, por exemplo, o aproveitamento máximo de sedes esportivas já existentes.
Mas como transformar antigos celulares em medalhas olímpicas? Vale explicar que entre os materiais utilizados na fabricação de aparelhos móveis estão ouro, prata e cobre. São esses componentes que serão recuperados durante o processo de reciclagem.
Para produzir as 5 mil medalhas que serão distribuídas aos atletas vencedores das Olímpiadas no Japão, o comitê organizador dos jogos convidou a população do país a doar seus antigos aparelhos, não apenas celulares, mas outros dispositivos eletrônicos, que também contêm esse tipo de metal precioso em sua composição.
Desde abril, quando a coleta dos aparelhos começou, já foram doados 4,3 milhões de celulares pelo público e 34 mil toneladas de lixo eletrônico pela prefeitura.
Com eles, foi possível recuperar 16,5 kg de ouro, 1,8 kg de prata e 2,7 kg de bronze. Para conseguir confeccionar todas as 5 mil medalhas, será necessário ter ainda mais 45,5% de ouro e 56% de cobre. Bronze já se possui o suficiente.
De cada 35 a 40 celulares consegue-se tirar cerca de uma grama de ouro, o que representa 1/6 do metal usado em uma medalha olímpica, que deve pesar 6 gramas exatamente.
Nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016, as medalhas de prata e bronze também foram fabricadas parcialmente com material reciclado.
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